Tribuna Ribeirão
Geral

Ribeirão volta a registrar 39ºC

ALFREDO RISK/ARQUIVO

A Defesa Civil voltou a alertar a região e todo o in­terior paulista sobre uma for­te onda de calor, com índices críticos de umidade relativa do ar para os próximos dias no estado de São Paulo. A tem­peratura deve oscilar entre 35 graus Celsius e 40ºC até segunda-feira, 5 de outubro.

Já faz mais de uma sema­na que a temperatura voltou a ficar acima de 35ºC em Ribei­rão Preto. Nesta quarta-feira, dia 30, Ribeirão Preto vol­tou a registrar a temperatura mais alta do ano. Às 15 horas, chegou a 39ºC, com sensação térmica de 44ºC, mesmo ín­dice de terça-feira (29).

Havia 17 anos que a cida­de não registrava um calo­rão desses em setembro. Às 16h20, os termômetros mar­cavam 38ºC. O jeito é apelar para água e sorvete, além de ventiladores e ambientes com ar-condicionado. Na tarde do dia 10, ainda durante o inver­no a cidade já havia registra­do 38ºC.

A Lagoa do Saibro, na Zona Leste de Ribeirão Preto, área de recarga do Aquífero Gua­rani, chegou a secar. Seguindo o site Climatempo, a previsão para esta terça-feira era de mínima de 21ºC e máxima de 40ºC. A umidade oscilou entre 12% e 35%.

Para esta quinta-feira (1º) o quadro também é desola­dor. A temperatura deve os­cilar entre 23ºC e 41ºC, com a umidade entre 12% e 35%, sem previsão de chuva. O ce­nário é o mesmo para sexta­-feira (2). A diferença é que a umidade relativa do ar não deve passar de 32%.

O ideal é de 60%, segun­do a Organização Mundial de Saúde (OMS). Abaixo de 30% o município entra em estado de atenção e quando o índice é infe­rior a 20% a situação é de alerta. Abaixo de 12% já é conside­rado um caso de emergência.

A massa de ar seco e quen­te que está sobre o interior do Brasil deve permanecer até a próxima semana, elevando as temperaturas e afastando as possibilidades de chuva, em especial nas regiões Centro-O­este e Sudeste.

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (In­met) é que as temperaturas continuem elevadas, com má­ximas acima dos 30 graus em praticamente todo o Brasil, po­dendo ter picos de 40°C nas re­giões Centro-Oeste e Sudeste e mínimas entre 14°C e 26°C.

O fenômeno é consequên­cia da massa de ar seco e quen­te que cobre o Brasil Central e gera uma gigante bolha de ar quente, as chamadas cúpulas de calor ou “heat dome”. A área de alta pressão em altitude gera movimentos de descida na at­mosfera com calor extremo e tempo muito seco.

A forte estiagem com baixa disponibilidade de umidade no solo acaba agravando a situ­ação e cria-se um mecanismo em que o tempo seco agrava o calor e o calor agrava o tempo seco, gerando ainda maior eva­potranspiração.

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