Nesta quarta-feira, 30 de setembro, a Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia divulgou os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De acordo com a pasta, a economia de Ribeirão Preto fechou agosto com saldo de 810 novas vagas de emprego com carteira assinada, o segundo superávit seguido desde fevereiro.
O resultado de agosto é fruto de 6.538 admissões e 5.728 demissões, reflexo da retomada das atividades econômicas dentro das regras do Plano São Paulo. Na comparação com julho, quando o saldo do emprego formal foi de 419 novas vagas com carteira assinada (6.212 contratações e 5.793 rescisões), são 391 postos de trabalho a mais, aumento de 93,3%.
No período da pandemia, entre março e agosto, a cidade eliminou 8.862 empregos formais, com 34.410 admissões e 43.272 demissões. Os dados do Caged são atualizados todo mês, por isso há divergências em relação às informações mensais divulgadas anteriormente.
Na comparação com agosto do ano passado, quando Ribeirão Preto admitiu 8.409 pessoas e demitiu 7.915, fechando o mês com saldo de 494 vagas, a alta foi de 63,9%, com 316 novos postos de trabalho a mais. Em oito meses deste ano, a economia ribeirão-pretana ainda acumula déficit de 7.095 empregos formais, fruto de 52.803 admissões e 59.898 demissões.
Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o superávit foi de 2.756 novos postos (67.499 contratações e 64.743 dispensas), a queda chega a 357,4%, com 9.851 carteiras assinadas a menos. O resultado no atual exercício só é foi pior por causa dos superávits de janeiro (464) e fevereiro (1.303).
O Ministério da Economia alterou o sistema de divulgação de dados e faz ajustes mensais. Os números mudam todo mês. Ribeirão Preto também registrou déficit em março (-1.719 vagas), abril (-5.400, o maior rombo da história para o mês), maio (-2.665) e junho (-307).
Ribeirão Preto fechou 2019 com superávit de 3.260 vagas – fruto de 99.483 admissões e 96.223 demissões. Ficou 53,1% abaixo do saldo de 2018, de 6.958 novos empregos formais (96.236 contratações e 89.278 rescisões), com 3.698 carteiras assinadas a menos em 2019. Mesmo assim, a cidade obteve o quarto superávit mais expressivo do estado.
Ficou atrás da capital (80.831), Barueri (7.546) e Suzano (4.917). O resultado mais expressivo da última década na cidade foi registrado em 2010, quando fechou o período com saldo de 14.352 empregos formais, fruto de 109.136 admissões e 94.784 demissões. Já o pior desempenho foi constatado em 2015, no auge da crise econômica, com déficit de 6.323 postos de trabalho – 98.572 contratações e 104.895 rescisões.
Saldo de emprego por setores em RP
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, em Ribeirão Preto todos os principais setores registraram superávit em agosto, com destaque para os serviços, comércio, indústria e construção.
O setor de serviços registrou 3.629 contratações e 3.284 rescisões, superávit de 345 empregos formais. Neste ano, entre janeiro e o mês passado, são 29.933 contratações e 34.010 rescisões, déficit de 4.077 empregos formais.
Já o comércio fechou agosto com saldo positivo de 178 postos de trabalho, fruto de 1.642 admissões e 1.464 demissões. No ano, o rombo chega a 3.266, fruto de 13.123 admissões e 16.389 demissões.
Em agosto, a indústria admitiu 593 trabalhadores e demitiu 445, com saldo positivo de 148 empregos formais. No ano, contratou 4.383 funcionários e rescindiu o contrato de 4.529, déficit de 146 vagas.
A construção civil fechou o mês passado com superávit de 134 carteiras assinadas, fruto de 657 admissões e 523 demissões. Em oito meses, o saldo positivo chega a 335, resultado de 5.200 contratações e 4.865 rescisões.
A agropecuária admitiu 17 funcionários, dispensou doze e fechou o mês com saldo positivo de cinco postos. Em oito meses, contratou 164 pessoas e dispensou 105, saldo de 59 novos contratos.