A Secretaria Municipal da Saúde confirmou mais quatro mortes por covid-19 no final de semana em Ribeirão Preto, segundo as três últimas edições do Boletim Epidemiológico, e o município passou de 720 falecimentos em decorrência da doença. Nesta segunda-feira, 28 de setembro, a cidade somava 722 vítimas fatais do novo coronavírus, alta de apenas 0,56% em relação às 718 de sexta-feira (25).
Os óbitos ocorreram em um período de 48 horas, entre quinta-feira (24) e sexta-feira. As estatísticas são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos finais de semana. Neste período, os laboratórios e órgãos públicos fecham. Já às terças-feiras há tendência de números maiores em função do acúmulo de registros que são enviados ao sistema do Ministério da Saúde.
A tendência continua a ser de queda na comparação semanal. Entre 14 e 20 de setembro, ocorreram 34 mortes na cidade, média de quase cinco falecimentos por dia (4,8). Nos sete dias subsequentes, entre 21 e 27 de setembro, foram confirmados mais 20 óbitos com a atualização de ontem, média diária de quase três (2,8) – um a cada oito horas. O recuo é de 41,2%. São 14 vítimas fatais a menos.
O dia com mais mortes confirmadas ainda é 4 de agosto, quando a pasta anunciou 18 falecimentos. O recorde de óbitos em 24 horas pertence a 24 de julho, com 13. Em 3 de agosto e em 18 de julho foram registrados onze casos fatais em cada e, no dia 7 de julho, doze. O município já tem mais de 26,8 mil pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 – são 26.863.
O Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde contabiliza a data do início dos sintomas e do diagnóstico da doença. O balanço da pasta traz 239 falecimentos em julho. Tem ainda 206 de junho, 66 de maio, onze de abril, dois de março e 154 de agosto, mas 198 pessoas morreram no mês passado – média diária superior a seis (6,6), cerca de um a cada quatro horas.
O boletim computa apenas 44 mortes em setembro, mas 133 pessoas já faleceram este mês, quase cinco por dia (4,7). A taxa de letalidade está em 2,7% – chegou a 5,3% em abril e em maio. A mais baixa até agora é a deste mês, com média de 1,3%, abaixo inclusive à taxa de março, de 2,1%. Em junho foi de 3,1%, em julho de 2,8% e em agosto, de 2,4%.
Continua no mesmo patamar do índice regional (2,7%) e abaixo do estadual (3,6%), do nacional (3%) e do mundial (3%). A mortalidade (número de falecimentos por 100 mil habitantes) é alta na cidade, de 102,2, enquanto as médias nacional e estadual estão entre 65 e 70. Foi de 0,3 em março, 1,6 em abril, 9,4 em maio, 29,3 em junho, 34 em julho, 21,8 em agosto está em 6 em setembro.
As quatro novas vítimas são do sexo feminino. Três pacientes estavam internadas em hospitais públicos e uma em instituição particular. Segundo o Departamento de Vigilância em Saúde, ligado à secretaria, essas pessoas tinham entre 51 e 87 anos e todas apresentavam doenças preexistentes confirmadas.
Por sexo, são 414 homens (57,4%) e 308 mulheres (42,6%). A vítima mais jovem é uma mulher de 23 anos que morreu em 28 de junho e a mais idosa, uma senhora de 101 anos que faleceu no 20 do mesmo mês. Seiscentas e sessenta e cinco tinham alguma comorbidade (92,1%).
Um senhor de 76 anos, um homem de 41, outros dois de 42, uma mulher de 55, um senhor e uma senhora de 65, um munícipe de 75, um idoso de 79 e uma idosa de 90 anos não tinham doenças preexistentes (1,4%) e 47 casos estão sob investigação (6,5%). Cento e quinze pessoas tinham menos de 60 anos (15,9%) e 607 eram sexagenárias, septuagenárias, octogenárias, nonagenárias ou centenárias (84,1%).
Por idade, os óbitos estão distribuídos entre 20 a 29 anos (cinco mortes, 1%), de 30 e 39 anos (16, ou 2%), de 40 a 49 anos (28 óbitos, 4%), entre 50 e 59 anos (67, ou 9%), entre 60 e 69 anos (141, ou 20%), de 70 a 79 anos (212, ou 29%), de 80 a 89 anos (187, ou 26%) e de 90 anos ou mais (66, ou 9%).