A crítica de Petrov foram feitas na semana que antecede o GP da Rússia, marcado paara domingo. “Para mim essa camiseta foi demais, assim como quando ele pediu a todos que se ajoelhassem. É um questão pessoal que muda de adulto para adulto. Você tem o direito de falar nas redes sociais ou de dar entrevistas, mas acho que o governo dos Estados Unidos já está bem ciente desses problemas”, disse Petrov, em entrevista ao site Championat.
Piloto da Renault, Lotus Renault e Caterham entre os anos de 2010 e 2012, Petrov não considera o ambiente da Fórmula 1 propício para estes protestos. “Acho que metade dos espectadores nem sabia do que era a camisa até que foi explicado a eles. Digamos que um piloto admita ser gay, ele usará uma bandeira de arco-íris para incentivar todos a serem gays também? Acho que a FIA não vai mais permitir esse tipo de comportamento.”
Na Rússia, qualquer atleta ou torcedor, gay ou defensor dos direitos dos mesmos (incluindo atletas e treinadores) podem ser presos por até 14 dias e, em seguida, expulsos do país, caso tenham atitude de divulgação do que é designado como “propaganda homossexual”.
Segundo Petrov, existe um modo diferente de pensar na Rússia. “Temos uma mentalidade diferente e não temos os problemas de que Hamilton fala. Tem que haver respeito por todos”, disse o ex-piloto, que defendeu o fato de o compatriota Daniil Kvyat não ter se ajoelhado nos protestos após a morte do negro George Floyd por um policial branco nos Estados Unidos em maio. “Os russos não se ajoelham por nenhum motivo, exceto diante de Deus e para propor à sua futura esposa.”
Após vencer o GP da Toscana, sua sexta vitória na temporada, Hamilton usou uma camiseta que pedia a prisão dos policiais que mataram Breonna Taylor, uma jovem negra que foi baleada oito vezes em 13 de março, em Louisville, Kentucky, Estados Unidos. Dos três policiais envolvidos no caso, dois foram retirados das ruas e outro foi demitido.