Nuvens plúmbeas tisnam o horizonte
Na política local, as nuvens cor de chumbo dão o colorido nos horizontes dos antes cafezais e hoje espigões que a grande maioria acredita ser progresso. Os acordos costurados nas coxias do grande teatro de Brasília começam a repercutir nas eleições municipais. A socapa e a sorrelfa os artistas secundários fazem sua parte enquanto os grandes astros, a despeito de possíveis desavenças deixam a margem das negociações as suas diferenças e fazem “o que o mestre mandar”. Sempre dissemos nesta coluna que a eleição de Ribeirão Preto passa pela escolha do presidente da Câmara Federal.
Escrito nas estrelas
Os acordos começam a despontar e ficam às claras pra quem tenha mediana inteligência e capacidade de dedução. Por mais que sejam as justificativas de Ricardo Silva (PSB), as de quem inviabilizou a candidatura de João Gandini (MDB) não encontram eco na credibilidade da população. A mais esclarecida, pois a plebe ignara aplaude e continua a acreditar naqueles “salvadores da pátria” de plantão. Está tudo escrito nas estrelas e eis que o cavaleiro da esperança volta a ser Duarte Nogueira (PSDB) com toda a rejeição registrada pelos institutos de pesquisa. Sempre se soube que ele sabia negociar. Hábil negociador das entranhas políticas. Nunca se soube que a mágica era uma de suas especialidades.
Interrogação
Nas próximas eleições teremos uma condicionante que pode mudar o cenário pré-determinado: a pandemia. Com os números crescentes de mortes pelo novo coronavírus, os eleitores estão tendentes a não comparecer às urnas para exercer o direito e dever do voto. Há uma tendência de se pagar a pífia multa, menor que o valor pago para um táxi no traslado de casa para o local de votação para a justificativa da obrigação legal.
Abstenção
Caso tenhamos a abstenção prevista, os cálculos para as eleições proporcionais (vereador) e majoritária (prefeito e vice) serão outros. Muitos irão se aproveitar da carência do povo para a compra enrustida de votos, com promessas, cestas básicas e com o vil metal. Eles são mestres na cantilena subliminar para atos corruptivos. Neologismo? Não, sempre teve o mesmo nome com prática diferenciada pelos métodos aperfeiçoados dos que agem a sombra dos antigos cafezais, hoje com outras plantações.