Ribeirão Preto voltou a registrar temperatura acima de 30 graus Celsius nesta terça-feira, 15 de setembro, apesar de a temperatura ter ficado abaixo da média dos últimos dias, quando estava na casa dos 35ºC. Por volta das 13 horas de ontem, os termômetros marcavam 33ºC, com umidade relativa do ar em 20%.
Nesta quarta-feira (16), Ribeirão Preto completa 100 dias sem chuva. Ontem, o calorão deu uma trégua por causa de uma frente fria se formou no oceano e levou nuvens para o litoral, melhorando a qualidade do ar. Com a mudança de direção dos ventos, a umidade também aumentou.
A primavera começa no dia 22 e este já é um dos invernos mais secos em Ribeirão Preto. A média de chuva na cidade durante a estação é de 65 milímetros, e até agora choveu menos de quatro milímetros. A previsão é que a água venha entre domingo (20) e quarta-feira (23), com volume de 14 mm em dois dias. Em toda a região, deve ficar entre 20 mm e 40 mm.
Na tarde da última quinta-feira (10), a cidade registrou 38ºC, a temperatura mais elevada do ano, registrada em pleno inverno. O jeito foi apelar para água e sorvete, além de ventiladores e ambientes com ar-condicionado. De acordo com o site Climatempo, a mínima de ontem foi de 18ºC, na madrugada, e a máxima chegou a 34ºC à tarde.
A umidade oscilou entre 18% e 57%. De acordo com o site especializado em meteorologia, a mínima nesta quarta-feira (16) será de 19ºC e a máxima, de 34ºC, com zero milímetro de chuva e umidade entre 17% e 55%. Para quinta-feira (17), o Climatempo prevê mais calor e seca, com a temperatura entre 20º e 37ºC sem possibilidade de chuva e a umidade relativa do ar oscilando entre 13% e 34%, dependendo do horário.
No sábado (19), segundo o site Climatempo, os termômetros vão marcar entre 21º e 36ºC, com a umidade do ar variando de 16% a 45%, mas a possibilidade de chuva é de 90%. O volume deve ser de cinco milímetros. Porém, a água deve chegar no domingo (20), quando a vai oscilar entre 19ºC e 28ºC, com 90% de possibilidade de chuva (oito milímetros) e umidade entre 36% e 74%.
Na segunda-feira (21), deve chover mais cinco milímetros (90% de chance), com os termômetros marcando entre 16ºC e 31ºC e a umidade entre 33% e 87%. A terça-feira (22) será o último dia de chuva, com 83% de possibilidade e volume de dois milímetros.
A temperatura vai oscilar entre 19ºC e 34ºC e a umidade, entre 27% e 74%. Diante dos dias mais quentes registrados desde o início do mês, a Defesa Civil Estadual emitiu um alerta de risco de temperaturas elevadas, baixa umidade relativa do ar e sensação de calor intenso no estado de São Paulo durante esta semana.
A umidade relativa do ar ideal é de 60%, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Abaixo de 30% o município entra em estado de atenção e quando o índice é inferior a 20% a situação é de alerta. Abaixo de 12% já é considerado um caso de emergência.
“Esse calor é decorrente dos ventos que sopram do interior do continente somados à presença do Sol e ausência de nuvens. A umidade relativa do ar também pode ficar abaixo de 15% no período vespertino em praticamente todas as regiões do estado”, diz a Defesa Civil, em nota.
A primavera vai começar no próximo dia 22 e as médias de temperatura registradas em setembro são realmente mais altas se comparadas aos outros meses anteriores do inverno. Além das recomendações para distanciamento social e uso de máscara por causa da pandemia de covid-19, a Defesa Civil também recomenda que as pessoas evitem exercícios físicos ao ar livre nos períodos mais quentes.
A Lagoa do Saibro, na Zona Leste de Ribeirão Preto, área de recarga do Aquífero Guarani, secou com a onda de calor que atinge todo o interior paulista. O local é área de recarga do Aquífero Guarani, reservatório subterrâneo de água com 1,2 milhão de quilômetros quadrados de extensão e que se estende por sete estados do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, e serve de “termômetro” para avaliar a seca que assola a cidade.
Em Ribeirão Preto, município que mais usa o manancial – todo o abastecimento da população é feito via 116 poços artesianos do Departamento de Água e Esgotos (Daerp) –, segundo o Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema), o reservatório sofre rebaixamento de um metro de profundidade por ano e, nas últimas décadas, o nível da reserva caiu 72 metros.