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‘Lei das Queimadas’ é aprovada na Câmara

JF PIMENTA/ARQUIVO

A Câmara de Vereadores aprovou na sessão de terça-fei­ra, 8 de setembro, pela segun­da vez, projeto de lei de Ales­sandro Maraca (MDB) que aumenta o valor da multa para quem iniciar queimadas em Ri­beirão Preto durante a pande­mia do novo coronavírus. Após a primeira aprovação, a pro­posta foi vetada pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB) por­que havia a necessidade da re­alização de audiência pública.

A audiência ocorreu na quarta-feira da semana passada, dia 2. O projeto propõe que o valor das multas dobre. A quei­mada é considerada uma in­fração grave de acordo com o Código do Meio Ambiente de Ribeirão Preto e a lei nº 1.232 de 2001. O infrator pode ar­car com uma multa de até 100 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesps), o que totalizaria R$ 2.761,00 – cada uma vale R$ 27,61 neste ano.

O projeto prevê que o valor da multa suba 100% durante a pandemia, passando para valo­res entre R$ 5.522 (200 Ufesps) e R$ 11.044 (400 Ufesps). Ago­ra, a proposta projeto segue para sanção ou veto do prefeito Duarte Nogueira. O número de queimadas urbanas em Ri­beirão Preto cresceu 202% em agosto deste ano, na compara­ção com o mesmo período do ano passado. Foram 148 contra 49, ou 99 a mais.

De 1º de janeiro até 31 de agosto, segundo o Instituto Na­cional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a cidade registrou 272 incêndios em mato, plantações, lixo e similares, 116 a mais e alta de 74,3% em relação às 156 ocorrências constatadas em oito meses de 2019. Nos três pri­meiros dias de setembro foram constatados cinco casos.

Por mês, Ribeirão Preto re­gistra uma media de 37,5 ocor­rências de incêndios em lotes urbanos – queimadas causadas pelos cidadãos em praças, ter­renos ou mesmo na porta de casa, com o acúmulo de galha­das que não estão novamente sendo recolhidas.

A secretária municipal do Meio Ambiente, Sônia Valle Walter Borges de Oliveira, afir­mou, na audiência pública do dia 2, que a cidade tem apenas oito pessoas para realizar a fis­calização de queimadas e ou­tros incidentes ligados ao setor. Quatro são da pasta.

A Patrulha Ambiental da Guarda Civil Metropolitana de Ribeirão Preto (CGM) também faz esta fiscalização e conta atu­almente com duas equipes e quatro guardas civis – dois em cada grupo. Em agosto, a guar­nição atendeu 13 ocorrências e, em dois dias de setembro, foram verificadas sete denúncias.

A promotora Cláudia Ha­bib Tofano, do Grupo de Atu­ação Especial do Meio Am­biente (Gaema), disse, após reunião com representantes da prefeitura, do 9º Grupamento do Corpo de Bombeiros e da Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb), que em todos os casos de incêndio em mata ou lavoura houve interferência humana, seja de forma crimi­nosa ou acidental.

Ela pede a colaboração da população para evitar as quei­madas. O Gaema também está levantando qual a extensão de vegetação consumida pelo fogo na região. Historicamen­te, o período entre junho e setembro costuma ser de estia­gem. A umidade do ar chega a ficar abaixo dos 12%. Em 2019, com esse índice, Ribeirão Pre­to teve a pior medição das 60 unidades espalhadas em todo o Estado de São Paulo.

A estação está parada por causa de furtos de fiação. A umidade relativa do ar ideal é de 60%, segundo a Organiza­ção Mundial de Saúde (OMS). Abaixo de 30% o município entra em estado de atenção e quando o índice é inferior a 20% a situação é de alerta. Abaixo de 12% já é considera­do um caso de emergência.

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