Tribuna Ribeirão
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Laboratório interrompe pesquisas para vacina

BRENDAN MCDERMID/REUTERS

A Agência Nacional de Vi­gilância Sanitária (Anvisa) in­formou nesta terça-feira, 8 de setembro, que recebeu comu­nicado do laboratório britânico AstraZeneca sobre a interrup­ção de estudos, que envolvem a Fundação Oswaldo Cruz (Fio­cruz), para desenvolver vacina contra a covid-19.

Desenvolvida em parceria com a Universidade de Ox­ford, esta vacina é a aposta do governo Jair Bolsonaro (sem partido) para imunizar a po­pulação. A agência disse que aguarda mais informações da AstraZeneca para se pro­nunciar oficialmente sobre a interrupção dos estudos.

A decisão do laborató­rio britânico ocorre no dia em que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que em “janeiro a gente começa a vacinar todo mundo”. Os estudos envolvem diversos países e, segundo in­tegrante do governo ouvido pelo Estadão, serão interrom­pidos também no Brasil.

O governo federal abriu crédito de cerca de R$ 2 bi­lhões para a Fiocruz receber, processar, distribuir e passar a fabricar sozinha a vaci­na. De acordo com fonte da Anvisa, o laboratório apenas enviou um comunicado à agência sobre a interrupção, sem detalhar que tipo de efei­to colateral foi notado em participante do estudo, por exemplo, que levou a travar os trabalhos.
Técnicos da Anvisa, ago­ra, buscam mais informações da AstraZeneca.

“A decisão de interromper os estudos foi do laborató­rio, que comunicou os paí­ses participantes. A Anvisa já recebeu a mensagem e vai aguardar o envio de mais in­formações para se pronun­ciar oficialmente”, disse a An­visa em nota.

CoronaVac
Segundo a empresa chi­nesa Sinovac Biotech, a va­cina que desenvolve contra a covid-19 no Brasil, com apoio do Instituto Butantã, apresentou respostas imuno­lógicas mais fracas em idosos – um dos públicos que espe­cialistas defendem como de prioridade.

A candidata CoronaVac não causou efeitos colaterais graves e mais de 90% dos tes­tados experimentaram alta significativa de anticorpos. Só que em idosos os níveis foram ligeiramente mais bai­xos. O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universida­de de São Paulo (HCFMRP/ USP) participa dos testes da nova vacina.

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