Tribuna Ribeirão
Cultura

Live fará tributo à obra de Pedro Casaldáliga

Com a predileção de ser chamado apenas de Pedro, o eterno bispo de São Félix do Araguaia teve uma vida mis­sionária e profética que merece ser relembrada para sempre. Por isso, para celebrar sua memória, uma live está sendo organizada pelos Claretianos, a congregação de dom Pedro Casaldáliga (1928-2020), para 5 de setembro, sábado, às dez horas (horário de Brasília).

A transmissão, que tem como título “Paz e Esperança: um tributo a Pedro Casaldá­liga”, vai reunir depoimentos, análises e relatos de algumas pessoas que conviveram com o bispo, além da apresentação de canções e poemas. Ele morreu em 8 de agosto, após mais de dez dias internado com graves problemas respiratórios.

Conhecido internacional­mente por sua vida missioná­ria e profética, e por sua pos­tura irrepreensível de prática cristã junto aos pobres, opri­midos, e dos povos indígenas, Pedro Casaldáliga notabilizou­-se como profeta da paz e da esperança em meio a contextos de violência e desigualdade, es­pecialmente na região do norte do Mato Grosso.

Referência na atuação pas­toral e na luta em defesa dos direitos humanos, Pedro ain­da construiu uma belíssima obra poético-literária. Todos os interessados poderão acom­panhar a live pelo canal Clare­tiano TV (www.youtube.com/ claretianotv) e interagir por meio do chat ao vivo.

Quem quiser ainda receber um aviso por e-mail e na tela do celular quando a transmissão começar deve se inscrever e ati­var o sininho do canal, além de acionar o lembrete no vídeo da própria live. Dom Pedro Casal­dáliga nasceu em 16 de fevereiro de 1928, em Balsareny, na pro­víncia de Barcelona, na Catalu­nha, e vivia no Brasil desde 1968.

Um dos expoentes da Teo­logia da Libertação, atuou na defesa de minorias no interior de Mato Grosso e sofreu di­versas ameaças de morte em função de suas posições políti­cas, sempre a favor das mino­rias. Já em 1971 foi nomeado bispo prelado de São Félix do Araguaia pelo papa Paulo VI. Neste mesmo ano publicou a carta pastoral “Uma Igreja na Amazônia em Conflito com o Latifúndio e a Marginalização Social” denunciando a situa­ção de miséria e violência na região amazônica.

Com uma vida totalmente dedicada ao próximo e ajudan­do os mais necessitados fun­dou o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) com dom Tomás Balduino e juntos cria­ram a Comissão de Pastoral da Terra (CPT). Dom Pedro teve seu nome ligado à reforma agrária, à denúncia da escra­vidão moderna e a defesa dos povos indígenas.

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