Depois de duas semanas de queda, o preço do etanol combustível voltou a subir nas unidades produtoras do estado. Segundo dados divulgados na sexta-feira, 21 de agosto, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), o hidratado nas usinas paulistas superou a casa de R$ 1,70.
O litro do produto, que quase chegou a R$ 2,15 no final de fevereiro e passou a maior parte de março, abril e maio na casa de R$ 1,30, agora passou de R$ 1,6613 para R$ 1,7293, alta de 4,09%. Até sexta-feira, acumulava 1,82% de retração em 15 dias. Até 31 de julho, o álcool combustível registrava aumento de 5,69% em quatro semanas. Na quinzena anterior, havia recuado 5,25% – depois de correção acumulada de 25,84% entre o início de maio e meados de junho.
O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – subiu 1,74% e continua acima de R$ 1,90. Em sete semanas, acumula alta de 6,28%, depois de queda de 2,69% em 15 dias – a correção acumulada era de 21,42% nas oito semanas anteriores a 26 de junho. Na sexta-feira, saltou de R$ 1,9104 para R$ 1,9437.
De acordo com o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 108 cidades paulistas entre 16 e 22 de agosto, todos os combustíveis estão mais baratos em Ribeirão Preto. O litro da gasolina custava R$ 4,081 na semana anterior (até dia 15) e agora baixou de R$ 4, chegando a R$ 3,977, queda de 2,54%. O etanol era vendido por R$ 2,564 agora está em R$ 2,533, aumento de 1,2%.
O óleo diesel recuou de R$ 3,335 para R$ 3,287, correção de 1,44%. O diesel S10, que antes custava R$ 3,491, agora sai por R$ 3,381, baixa de 3,15%. Considerando os atuais valores médios da agência, de R$ 2,533 para o litro do etanol e de R$ 3,977 para o da gasolina, ainda é mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade está em 63,7% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.
Gasolina
Desde sexta-feira (21), gasolina está 6% mais cara nas refinarias da Petrobras, a segunda alta do combustível no mês, acompanhando a melhora do preço do petróleo no mercado internacional. O diesel subiu 5%. Mesmo com os aumentos anunciados, os preços dos combustíveis fósseis ainda mantêm quedas no acumulado do ano, informa a estatal. Ao todo, a gasolina já sofreu 25 reajustes em 2020 e o diesel, 19.
Depois do aumento de 6% que começa a valer hoje, a gasolina acumula queda de 5% no preço das refinarias. Já o diesel, mesmo com 5% de alta, registra ainda queda de 15,9%. Dos 25 reajustes praticados na gasolina, doze foram aumentos e 13 reduções. Entre os 19 reajustes do diesel, houve oito aumentos e onze quedas. No dia 13, a gasolina ficou 4% mais cara nas refinarias da Petrobras e o diesel subiu 2%.
Pesquisa
A ANP interrompeu o levantamento de preços dos combustíveis automotivos e de gás liquefeito de petróleo (GLP), que permanecerá suspenso até 7 de setembro. No dia 14, novos dados serão publicados, retroativos ao dia 8. Isso está acontecendo porque foi encerrado o contrato com a empresa responsável pela pesquisa de preços e o novo contrato ainda não está valendo. Com a mudança, o formato da divulgação também será alterado.