A esgrimista Bia Bulcão começou a contagem regressiva para retornar aos treinos presenciais. A previsão é de que ela embarque na primeira semana de setembro para Lisboa (Portugal), onde se juntará aos atletas olímpicos do projeto Missão Europa, organizado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). A preparação de Bia Bulcão ocorrerá no CT de Rio Maior, a cerca de 230 quilômetros da capital lusitana. Ela permanecerá em Lisboa até 16 de setembro, quando deverá retornar à Italia, onde treina, habitualmente, com a equipe do Frascati Scherma.
“Nesses últimos meses, eu consegui manter um bom condicionamento físico e fiz um trabalho específico. Minha expectativa agora é voltar ao ritmo de jogo. Retomar a parte técnica e específica. Acredito que em dois meses, com o volume de treinamentos e combates, estarei pronta para as competições”, planeja a atleta, que voltou ao Brasil em março, direto dos Estados Unidos, onde participaria de um torneio, cancelado devido à pademia do novo coronavírus (covid-19).
Bia Bulcão está classificada para o Pré-Olímpico – previsto para abril de 2021, no Panamá – por ter sido a líder do ranking nacional no florete, na temporada passada. Existe uma vaga em disputa. Americanas e canadenses, já classificadas por outros critérios, e a colombiana Saskia Loretta Garcia – que tem a vaga bem encaminhada pelo ranking mundial – não estarão na disputa. A tendência é que a principal adversária da brasileira seja a mexicana Nataly Michel Silva. As duas já se enfrentaram nas quartas de final do Pan de Lima (Peru) no ano passado, quando Bia levou a melhor.
O planejamento a partir do final de novembro ainda depende de confirmação, por causa da pandemia. Bia Bulcão pretende disputar pelo menos um torneio internacional antes de retornar ao Brasil e realizar um estágio de treinos no Rio de Janeiro, em dezembro. A disputa da vaga nos Jogos de Tóquio será em abril de 2021, no Torneio Pré-Olímpico das Américas, no Panamá. A brasileira também deve participar de outros torneios internacionais que vierem a ser confirmados. Durante a pandemia, a esgrimista precisou usar a criatividade, para improvisar os treinamentos em casa.
Edição: Cláudia Soares Rodrigues