Tribuna Ribeirão
Geral

PEC do Fundeb passa no Senado

WALDEMIR BARRETO/AGÊNCIA SENADO

O Senado aprovou a Pro­posta de Emenda à Constitui­ção (PEC) do Novo Fundeb. O placar da votação foi de 79 votos favoráveis e nenhum contrário, nos dois turnos re­alizados nesta terça-feira, 25 de agosto. A emenda deve ser promulgada pelo Congresso Nacional em sessão solene marcada para as onze horas desta quarta-feira (26).

A medida torna o financia­mento permanente a aumenta o volume de recursos repassa­dos pela União para Estados e municípios bancarem o paga­mento de professores e outras despesas da educação básica. A PEC aumenta a complementa­ção da União na cesta do Fun­deb dos atuais 10% para 23% em seis anos.

Inicialmente, o governo se movimentou contra a pro­posta nos moldes da articu­lação do Legislativo e tentou incluir o programa Renda Brasil, em substituição ao Bolsa Família, no mesmo pa­cote de repasses, o que deixa­ria a despesa assistencial fora do teto de gastos. A estraté­gia, porém, foi rejeitada pelo Congresso.

Senadores se movimen­taram para fazer alterações, mas descartaram mudanças após resistência de sindicatos e parlamentares ligados ao setor. Uma das mudanças en­saiadas foi permitir o uso do Fundeb para o pagamento de aposentadorias, possibilidade barrada pelo texto. O relator, Flávio Arns (Rede-PR), afir­mou que a solução precisa ser dada com uma fonte não vin­culada à Educação.

No Senado, a PEC sofreu apenas uma mudança na re­dução. O relator retirou um dispositivo do texto que pre­via repasse de recursos do fi­nanciamento para escolas pri­vadas. De acordo com Flávio Arns, porém, a Constituição já autoriza essa transferência para instituições comunitárias e filantrópicas.

Segundo ele, o trecho da PEC limitaria o pagamento para essas entidades. O Congresso decidiu tomar a frente para regulamen­tar o novo Fundeb até o fim des­te ano e pressionar o Executivo a organizar o financiamento. O motivo é a falta de articulação do Ministério da Educação do governo Jair Bolsonaro.

Na Câmara, no primeiro turno, foram 499 votos a fa­vor e sete contra. Na segunda votação, o placar ficou em 492 votos a favor do texto e seis contra. Somente deputados bolsonaristas votaram contra a proposta nas duas votações.

Recursos
Considerando os novos re­cursos, 10,5% serão transferidos para redes que não alcançarem um valor mínimo de investimen­to por aluno, beneficiando mu­nicípios mais pobres, e metade desse montante terá financiar a educação infantil. Outros 2,5% serão repassados somente para cidades que alcançarem evolução dos indicadores educacionais.

Que indicadores serão esses e quais os critérios ainda terão de ser definidos por outra lei. Em 2020, o Fundeb envolve uma cesta de R$ 173,7 bilhões que financia a maior parte dos salários de professores e outras despesas de Estados e municí­pios com a educação básica.

Desse valor, R$ 15,8 bilhões corresponde à complementa­ção da União. Com a PEC, o aporte do governo federal deve subir para R$ 17,5 bilhões em 2021 e chegar a R$ 39,3 bilhões em 2026, de acordo com cál­culos da Consultoria de Orça­mento da Câmara.

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