O interesse por plantas aumentou durante o isolamento social, medida preventiva contra o novo coronavírus. Segundo a ferramenta Google Trends, que acompanha em tempo real o que as pessoas buscam na internet, a procura por assuntos relacionados à jardinagem cresceu 180%, entre março e junho. O aumento do interesse na internet refletiu nas vendas de produtos e serviços relacionados ao setor.
Áreas a partir de um metro quadrado podem se transformar em um jardim e mudar o ambiente. “Plantas deixam o lugar mais bonito e aconchegante. Além de purificar o ar, proporcionam conforto visual, térmico e criam uma barreira acústica em seu entorno”, explica o engenheiro agrônomo e paisagista Alexandre Tazinaffo, da Ambiental Paisagismo. Esse modelo de jardim pode ser usado em áreas internas e externas, em construções térreas ou apartamentos. A técnica se popularizou nos anos de 1990 e hoje é usada amplamente em fachadas de edifícios, áreas de lazer, sacadas e ambientes internos, como uma sala, por exemplo.
O local de instalação determina quais espécies integrarão o projeto. Samambaias, peperômias, antúrios, jiboias e véu de noiva (Gibasis pellucida), por exemplo, são espécies cultivadas em ambientes onde não há incidência direta do sol e indicadas para ambientes internos. Já o aspargo, azulzinha (Evolvulus glomeratus), trapoeraba roxa e barba-de-serpente precisam de sol para se desenvolverem. “Todas as espécies são de fácil manutenção e suas folhagens pendentes criam um efeito cascata, tornando o resultado ainda mais bonito”, diz.
O custo para a implantação do sistema, que inclui a irrigação, varia de R$ 700 a R$ 1 mil o metro quadrado. As plantas são fixadas em uma estrutura vertical, criando um painel verde. A longevidade do jardim é assegurada por um sistema de irrigação; isto é, a rega manual não é eficiente nesse tipo de projeto. “A manutenção é simples, é preciso apenas retirar as folhas secas e fazer a adubação a casa três meses”, explica o paisagista.