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Pandemia encerra 9.995 empregos

JOSÉ PAULO LACERDA/CNI

Nesta sexta-feira, 21 de agosto, a Secretaria de Traba­lho do Ministério da Econo­mia divulgou os números do Cadastro Geral de Emprega­dos e Desempregados (Ca­ged). De acordo com a pasta, a economia de Ribeirão Preto fechou julho com saldo de 39 novas vagas de emprego com carteira assinada, o primeiro superávit desde fevereiro. Fo­ram 5.494 admissões e 5.455 demissões em julho.

No período da pandemia, entre março e julho, a cidade eliminou 9.995 empregos for­mais, com 27.051 admissões e 37.046 demissões. No mesmo período do ano passado fo­ram abertas 39.849 vagas de emprego com carteira assina­da e outras 39.364 foram ex­tintas, superávit de 485 novos postos de trabalho, resultado 21 vezes superior ao do perí­odo da pandemia, com 10.580 admissões. A queda em 2020 chega a 2.160%.

Os dados do Caged são atualizados todo mês, por isso há divergências em relação às informações mensais divulga­das anteriormente. O minis­tério havia anunciado déficit de 245 postos em junho, mas com a atualização este nú­mero subiu para 293, fruto de 5.267 contratações e 5.560 rescisões. A alta em julho foi de 113,3%, ou seja, foram ge­rados 332 empregos formais.

Na comparação com ju­lho do ano passado, quando Ribeirão Preto admitiu 7.633 pessoas e demitiu 7.564, fe­chando o mês com saldo de 69 vagas, houve queda de 43,5%, com 30 novos postos de trabalho a menos. Em sete meses deste ano, o déficit re­corde de empregos formais na cidade é de 8.224, fruto de 45.386 contratações e 53.610 rescisões.

No mesmo período de 2019, a economia ribeirão­-pretana havia gerado 2.271 empregos formais, com 58.971 admissões e 56.700 demissões. O resultado des­te ano é quase cinco vezes inferior, queda de 462,1% e 10.495 postos de trabalho a menos. O resultado no atu­al exercício só é foi pior por causa dos superávits de janei­ro (461) e fevereiro (1.310). O Ministério da Economia alte­rou o sistema de divulgação de dados e faz ajustes men­sais. Os números mudam todo mês.

Além do resultado nega­tivo de junho (-293), Ribei­rão Preto também registrou déficit em maio (-2.656 va­gas, fruto de 3.745 admis­sões e 6.401 demissões), abril (-5.378, 3.762 contratações e 9.140 rescisões, o maior rom­bo da história para o mês) e março (1.707, com 8.783 novos contratos e 10.490 dis­pensas).

Ribeirão Preto fechou 2019 com superávit de 3.260 vagas – fruto de 99.483 ad­missões e 96.223 demissões. Ficou 53,1% abaixo do sal­do de 2018, de 6.958 novos empregos formais (96.236 contratações e 89.278 res­cisões), com 3.698 carteiras assinadas a menos em 2019. Mesmo assim, a cidade ob­teve o quarto superávit mais expressivo do estado.

Ficou atrás da capital (80.831), Barueri (7.546) e Suzano (4.917). O resultado mais expressivo da última década na cidade foi regis­trado em 2010, quando fe­chou o período com saldo de 14.352 empregos formais, fruto de 109.136 admissões e 94.784 demissões. Já o pior desempenho foi constatado em 2015, no auge da cri­se econômica, com déficit de 6.323 postos de traba­lho – 98.572 contratações e 104.895 rescisões.

Saldo de emprego por setores em RP
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e De­sempregados (Caged) do Ministério da Economia, em Ribeirão Preto o setor de serviços e agropecuária regis­traram déficit em julho, e a indústria obteve o melhor resultado, seguida da construção e do comércio

O setor de serviços registrou 2.828 contrata­ções e 3.151 rescisões, déficit de 323 empregos formais. No ano, o rombo chega a 4.729, fruto de 25.667 admissões e 30.306 demissões.

A agropecuária admitiu dez funcionários, dispensou onze e fechou o mês com déficit de um posto. Em sete meses, contratou 147 pessoas e dispensou 93, saldo de 54 novos contratos.

Em julho, a indústria admitiu 667 trabalhadores e demitiu 452, com saldo positivo de 215 empregos formais. No ano, contratou 3.766 funcionários e res­cindiu o contrato de 4.046, déficit de 280 vagas.

A construção civil fechou o mês passado com superávit de 106 carteiras assinadas, fruto de 623 admissões e 517 demissões. Em sete meses, o saldo chega a 163, resultado de 4.429 contrata­ções e 4.266 rescisões.

Já o comércio fechou julho com saldo positivo de 42 postos de trabalho, fruto de 1.366 admis­sões e 1.324 demissões. Neste ano, entre janeiro e o mês passado, são 11.377 contratações e 14.809 rescisões, déficit de 3.432 empregos formais.

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