Tribuna Ribeirão
Economia

Safra da cana deve permanecer estável

Arquivo/Agência Brasil

A segunda estimativa da sa­fra 2020/21 de cana-de-açúcar no Brasil indica produção de 642,1 milhões de toneladas, com leve retração de 0,1% em relação à temporada anterior. Com esse volume de cana deve ser produ­zido o recorde de 39,3 milhões de toneladas de açúcar, situando o país no patamar de maior pro­dutor do mundo por dois anos seguidos, com crescimento de 32% em relação ao que foi alcan­çado na última safra.

Os números estão no 2º Le­vantamento da Safra 2020/21 de Cana-de-açúcar, divulgado pela Companhia Nacional de abaste­cimento (Conab) nesta quinta­-feira, 20 de agosto. Essa produ­ção já tem mercado garantido, de acordo com a equipe da Co­nab. A exportação brasileira de açúcar aumentou expressivos 69,9% nos quatro primeiros meses dessa safra (abril-julho) em relação ao mesmo período de 2019, segundo dados da Se­cretaria de Comércio Exterior (Secex), e a expectativa é de que continue em alta.

O impulso vem da oferta mundial limitada por adversida­des climáticas em importantes produtores da Ásia e também da taxa de câmbio elevada. Os preços de exportação em dólar, na média de abril a julho, foram 63% maiores e, em real, mais que dobraram, com aumento médio de 127% – dados da Secex.

Além disso, o consumo de etanol no Brasil diminuiu no primeiro semestre devido à me­nor mobilidade da população diante da pandemia. Com isso, uma parcela da cana que pode­ria ser destinada ao combustível reforçou a produção de açúcar. O Sudeste deverá produzir 0,6% menos cana que na safra passa­da, estima a Conab, limitando­-se a 412,4 milhões de toneladas.

Para o Centro-Oeste é es­perada colheita 0,1% maior, totalizando 140,6 milhões de toneladas. O ligeiro aumento da região seria obtido por Goi­ás, onde a produtividade deve aumentar. Também o Nordes­te, onde o clima está favorável, deve ter aumento de safra, esti­mado em 4,1%. A área foi am­pliada em 1,6% e a produtivi­dade deve melhorar 2,5%. Com isso, a produção deve alcançar 51,1 milhões de toneladas.

No Sul, representado princi­palmente pelo Paraná, o balan­ço também é de estabilidade. Por um lado, a área diminuiu 2%, mas, por outro, a produtivi­dade deve ser 2% melhor, resul­tado em produção de cana 34,2 milhões de toneladas, ligeira queda de 0,5%. A região Norte, que contribui com 1% do todo nacional, pode ter redução de 1,9% na oferta de cana, decor­rente da menor área (-0,6%) e menor produtividade (-1,3%). O total é estimado em 3,7 mi­lhões de toneladas de cana.

Etanol
O Brasil deve produzir 30,6 bilhões de litros de etanol, redu­ção de 14,3% com relação à safra 2019/20. O combustível à base de milho tem aumentado, atin­gindo o recorde de 2,7 bilhões de litros nesta temporada, avanço de 61,1% sobre a anterior. A pro­dução do carro-chefe, o etanol de cana-de-açúcar, porém, deve diminuir 18,1%, limitando-se a 27,9 bilhões de litros.

A oferta de etanol anidro de cana-de-açúcar, aquele utiliza­do na mistura com a gasolina, deve diminuir 17,3%, voltando para a marca de 8,4 bilhões de litros. O anidro de milho, por sua vez, pode alcançar 792,6 milhões de litros, com acrés­cimo de 95,5% sobre a safra passada. Para o etanol hidra­tado de cana-de-açúcar, a Co­nab espera redução de 18,4% no volume produzido, com o total estimado em 19,5 bilhões de litros. Já o de milho sinaliza aumento de 50,1%, com pro­dução de 1,9 bilhão de litros.

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