Tribuna Ribeirão
Política

Rossi pretende votar PEC em outubro

NAJARA ARAÚJO/CÂMARA DOS DEPUTADOS

O deputado federal ri­beirão-pretano Baleia Ros­si (MDB-SP) afirmou nesta quinta-feira, 20 de agosto, que há condições de votar já em outubro a proposta de emen­da constitucional (PEC) 45, de sua autoria, e que trata da reforma tributária. Na Con­ferência Anual do Santander Brasil, o parlamentar se dis­se otimista com a discussão unificada a respeito da refor­ma que ocorre concomitante­mente na Câmara e no Senado, além de contar com apoio da equipe econômica.

“Temos absoluta convicção de que não será só mais um capítulo dessa novela. Teremos condições de em agosto e se­tembro fazer as discussões, e em outubro já deliberar na Câ­mara, em dois turnos e depois enviar ao Senado. Os ajustes ne­cessários serão feitos pelos de­putados, pelos senadores e isso facilita, não há duas discussões que podem ter divergências”, explicou Rossi, minimizando o risco de que a reforma seja desmembrada no Congresso. Para ele, “as chances de votar­mos nesse semestre a refor­ma tributária são altíssimas”.

Rossi também citou o apoio conquistado entre os secretá­rios das fazendas dos Estados como um ativo importante na tramitação da PEC 45, e dis­se estar construindo uma boa interlocução também entre os prefeitos dos maiores mu­nicípios brasileiros, com seus prefeitos reunidos na Frente Nacional de Prefeitos (FNP). “Abrimos um bom diálogo, existe ainda alguma resistência dos municípios maiores, mas conseguimos estabelecer um cronograma de trabalhos para avançar juntos aos prefeitos de cidades grandes, e isso signifi­ca apoio político dentro da Câ­mara e do Senado”, pontuou.

O deputado disse contar também com amplo apoio no Congresso Nacional, afirman­do que “hoje temos um Con­gresso reformista” e que prova disso seria aprovação da re­forma previdenciária. Sobre o governo, Rossi disse que a pro­posta enviada pelo Ministério da Economia para unificação de tributos na Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS) “se comunica 100% com a PEC 45, e é mais um fator que nos dá esperança e a certeza que avançarmos nesse tema”.

Contencioso tributário
Rossi também afirmou que a PEC 45 deve reduzir o nível de contencioso tribu­tário no Brasil, que segundo ele gira em torno de R$ 5 tri­lhões. “A PEC 45 quer acabar com a guerra fiscal, porque nela todos acabam perden­do. A reforma tributária que estamos defendendo vai di­minuir de maneira muito contundente o contencioso no nosso país”, disse na con­ferência do Santander.

De acordo com Rossi, os governadores têm apoiado a PEC 45 e já “compreendem que todos perdem com a guerra fiscal”. A economista­-chefe do banco, Ana Paulo Vescovi, chamou de “absur­do” o valor dos contenciosos. “São quase 75% do PIB (Pro­duto Interno Bruto), acho que nenhum país do mundo tem esse nível de contencioso tri­butário”, afirmou.

Comércio
A Federação de Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP) defende que não é hora de se votar uma reforma tributária e que é preciso fazer primeiro a reforma administrativa para conter os gastos com os ser­vidores e, depois disso, abrir caminho para a simplificação dos tributos.

Em documento sobre a reforma tributária, a entidade teme o aumento da carga tri­butária num momento em que o principal foco é garantir que a economia tenha condições de se reconstruir depois da pandemia da covid-19. A hora, defende o setor, é de organizar a “casa” antes de fazer mudan­ça no setor tributário.

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