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Sócrates e Mazinho, uma amizade para sempre

Estava aqui matutando, botando minha cuca pra funcionar quando me veio a lembrança de Mazinho. Poxa, que ser humano de primeira é este Mazinho! Não me lembro como o conheci, só sei que de repente o vejo sentado na mesa em que eu e Sócrates estávamos.

Logo na primeira conversa, Mazinho mostrou porque estava ali. Não é de falar alto, não fala da vida de ninguém e isso cativava Sócrates, que não aceitava quem agisse assim. Chego a pensar que ele foi enviado por forças superiores, veio pra somar, veio pra nos fazer bem. Sócrates o amava, como amava o Kaxassa, que quando estava na nossa resenha fazia o Magrão rir sem parar.

Mazinho mora em Sampa, faz alguns anos, com sua mãe, mas, morou muito tempo aqui, onde ficou amigo da família do Doutor, se enturmando com a maior facilidade. Mazinho estava em todas. Quando Raí fez seu jogo de despedida do PSG em Paris, convidou Mazinho e ele foi, até porque seu irmão é piloto internacional e tinha na Cidade Luz livre trânsito.

Só sei que Mazinho foi com tudo pago. O hotel, de repente, virou concentração de craques. Ele se enturmou beleza, eram jo­gadores famosíssimos, vieram de várias partes do mundo, todos festejando aquele lindo momento e nosso Mazinho na área, até parecia um deles (rsrsr). De cara fez amizade com Renê Santana, filho do Telê Santana, que foi técnico do Raí.

Pois bem, Renê estava ajudando a organizar o evento, estava difícil porque todos queriam jogar, ele teve que usar muito jogo de cintura. Para dar conforto aos bambas, colocaram um banco enorme. A bola estava rolando, Sócrates jogando e de repente deu uma olhada pro banco, e nem acreditou no que viu… Sen­tado entre os craques estava Mazinho. O Doutor caiu na risada, até porque, do seu lado, de pé, estava Ronaldo, o Fenômeno, recém-operado do joelho.

Ao ser substituído, Sócrates foi até Mazinho e falou: “Maza, você tá louco, cara?” O amigo fez cara de paisagem e Magrão emendou: “Você sentado no banco dos craques e o Ronaldo em pé, cara? Ele operou faz dias, bicho!” Riram um bocado da situa­ção e Mazinho disse:

“Magrão, sou amigo do Renê Santana, cara”. Saíram dali e tudo virou a maior festa em Paris.
Pouco antes de Sócrates partir, sua alimentação tinha que ser especial, cuidadosamente balanceada. A mãe de Mazinho preparava tudo com o maior carinho e ele cruzava a cidade até Alphaville para alimentar o amigo. Mazinho, foi e é amigo de Sócrates como poucos, quando nos falamos o assunto é só boas lembranças do nosso saudoso parceiro.

Quero encerrar essa crônica de forma bem-humorada, mais uma história que assisti de camarote. O pai de Mazinho, Sr. Waldemar Chubaci, queria lhe dar um apê e uma noite, ali no Empório Brasília, Maza perguntou a Sócrates se ele tinha algum em vista. E ele tinha. Daí rolou uma negociação, o Sr. Chubaci queria um desconto e coisa e tal, só sei que, no final, faltavam dez mil reais que o Magrão achou uma maneira bem dele de passar a régua.

Mandou a proposta: “Mazinho, sempre que saírmos juntos, você paga minhas cervejas…” Achei que essa conta ia dar zebra, mas, fiquei na minha. Mazinho achou boa a proposta e fechou. A vida seguia e uma noite, no Bar do Val, estávamos numa roda de prosa quando Geraldinho, outro boêmio parceiro, ao ouvir a história mandou essa: “Mazinho, não querendo jogar água no seu chope, mas tô achando que o que você já pagou foi só uma pequenina entrada” (rsrsr).

Olha, só sei que foram tantas noites juntos, tantas cervejas derrotadas, desconfio que nem Mazinho sabe como se deu o finalmente (rsrsr).

Sexta conto mais.

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