Tribuna Ribeirão
Economia

Mercado prevê alta da inflação

Exame - Abril.com

Os economistas do merca­do financeiro elevaram a previ­são para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – indexador oficial de preços – em 2020. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 17 de agos­to, pelo Banco Central, mostra que a mediana neste ano foi de alta de 1,63% para 1,67%. Há um mês, estava em 1,72%.

A projeção para o índice em 2021 segue em 3,00%. Quatro semanas atrás, estava no mes­mo patamar. O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que continua em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, es­sas projeções eram de 3,50% e 3,25%, nesta ordem.

A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de in­flação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com inter­valo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. A previsão do mercado financei­ro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 5,62% para 5,52%.

Há quatro semanas, a esti­mativa era de baixa de 5,95%. Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produ­zidos no país –, de alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

No Focus divulgado nesta segunda-feira, a projeção para a produção industrial de 2020 passou de baixa de 7,87% para queda de 7,68%. Há um mês, es­tava em baixa de 7,86%. No caso de 2021, a estimativa de cresci­mento da produção industrial seguiu em 5,42%, ante 4,00% de quatro semanas antes.

Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, es­tabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política Mo­netária (Copom). Para o mer­cado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 no atual patamar (2% ao ano). Para o fim de 2021, a expectativa foi ajusta­da de 3% para 2,75% ao ano.

Para o fim de 2022, a previ­são passou de 4,9% para 4,75% ao ano e para o final de 2023, segue em 6% ao ano. Quando o Copom reduz a Selic, a tendên­cia é que o crédito fique mais ba­rato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o con­trole da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretan­to, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os ju­ros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos en­carecem o crédito e estimulam a poupança. A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,20, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expecta­tiva é que a moeda americana fique em R$ 5.

Postagens relacionadas

Seca no Amazonas afeta produção de motos, diz Abraciclo

Redação 2

Reajuste do Bolsa Família custará R$ 684 milhões em 2018

Redação 1

Inadimplência – Brasileiros começam o ano mais endividados

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com