Tribuna Ribeirão
Saúde

Sinopharm – Outra vacina produz anticorpos em testes

DADO RUVIC/REUTERS

Mais uma vacina candida­ta contra o novo coronavírus, a desenvolvida pela chinesa Sinopharm (Grupo Farma­cêutico Nacional da China), desencadeou respostas imunes baseadas em anticorpos em testes iniciais e intermediários, disseram os pesquisadores, na quinta-feira, 13 de agosto.

O imunizante já passou para a última etapa, a fase 3. Caso seja constatada a segu­rança e eficácia, a vacina ganha aprovação regulatória. A Si­nopharm está testando a subs­tância nos Emirados Árabes Unidos, em 15 mil voluntários, já que a China tem poucos ca­sos novos de covid-19 para ser um local de testes útil.

A vacina também será for­necida ao Paquistão, como par­te de um acordo experimental, informa o Wall Street Journal. A injeção não causou efeitos colaterais graves, de acordo com um artigo publicado no Journal of the American Me­dical Association por cientistas que fazem parte da Sinopharm e de outras autoridades chine­sas de institutos de pesquisa.

Os resultados foram base­ados em dados de 320 adultos em estudos de fase 1 e 2. Ainda segundo os pesquisadores, o imunizante desencadeou res­postas robustas de anticorpos em pessoas inoculadas, mas ainda não se sabe se isso é sufi­ciente para prevenir a infecção pela covid-19.

O presidente da Sinopharm disse à mídia estatal no mês passado que uma vacina em potencial poderia estar pronta no final deste ano, com testes de fase 3 previstos para serem concluídos em cerca de três meses. O novo coronavírus, que matou mais de 760 mil pessoas em todo o mundo, gerou uma corrida para desen­volver uma vacina.

Mais de 165 vacinas can­didatas estão sendo desen­volvidas e testadas em todo o mundo. A Rússia se tornou o primeiro país a conceder apro­vação regulatória a uma vacina, após menos de dois meses de testes em humanos. A aprova­ção abre caminho para a imu­nização em massa da popula­ção russa, ainda que o estágio final de ensaios clínicos para testar a segurança e eficácia não tenha sido concluído.

A Bahia é hoje um dos principais centros de testagem de vacinas contra o coronaví­rus no Brasil. Depois de ini­ciar os testes do imunizante da farmacêutica americana Pfi­zer em parceria com a alemã BioNTech na semana passada, o governo estadual vai assinar nos próximos dias acordo para os ensaios com a vacina chine­sa Sinopharm. Além disso, ne­gocia com a Rússia a testagem da primeira vacina registrada no mundo.

O governador Rui Costa (PT) vai assinar esta semana o protocolo de cooperação com a Sinopharm para testagem de duas variações de uma vacina na Bahia e em outros Estados do Nordeste. Se aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Co­missão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), a parceria prevê o início dos testes na pri­meira quinzena de setembro, e duração de três meses.

Além da vacina russa, o governo do Paraná também discute parceria para desen­volver a o imunizante chinês por meio do Instituto de Tec­nologia do Paraná (Tecpar). Na última terça-feira (4), o Ministério da Saúde também realizou reunião com a em­presa chinesa Sinopharm.

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