Tribuna Ribeirão
Economia

Mercado prevê PIB em queda de 5,62%

© REUTERS/Washington Alves/Direitos Reservados

A previsão do mercado fi­nanceiro para a queda da eco­nomia brasileira neste ano foi ajustada de 5,66% para 5,62%. Há quatro semanas, a estima­tiva era de baixa de 6,10%. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – está no boletim Focus, publicação di­vulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais in­dicadores econômicos.

Para 2021, o mercado fi­nanceiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto (PIB), de alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mes­mo patamar – já são quase três meses nesta situação. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB. No Focus desta segunda-feira, a projeção para a produção industrial de 2020 passou de baixa de 7,92% para queda de 7,87%. Há um mês, estava em baixa de 9,00%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial saiu de 4,00% para 5,42%, ante 4,00% de quatro semanas antes.

As instituições financeiras consultadas pelo BC mantive­ram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Con­sumidor Amplo (IPCA) em 1,63%, neste ano. Há um mês, estava em 1,72%. A projeção para o índice em 2021 seguiu em 3,00%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar. O re­latório Focus trouxe ainda a pro­jeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% e 3,25%, nesta ordem.

A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de in­flação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com inter­valo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite infe­rior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.

Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Políti­ca Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a ex­pectativa é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 4,9% ao ano e para o final de 2023, 6% ao ano.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, redu­zindo o controle da inflação e estimulando a atividade econô­mica. Entretanto, os bancos con­sideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom aumen­ta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédi­to e estimulam a poupança. A previsão para a cotação do dó­lar permanece em R$ 5,20, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a mo­eda americana fique em R$ 5.

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