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Vacinação antirrábica é cancelada no estado

ALFREDO RISK

A Secretaria de Estado da Saúde e os 645 municípios paulistas decidiram adiar a campanha de vacinação con­tra a raiva para cães e gatos de 2020, como forma de preven­ção à propagação da covid-19. A medida foi discutida entre a pasta e as cidades na chamada Comissão Intergestores Bipar­tite (CIB) e segue recomenda­ções do Ministério da Saúde, que prevê a reprogramação da campanha antirrábica para re­dução do risco de contágio do novo coronavírus.

No ano passado, em Ri­beirão Preto, segundo dados da Vigilância Ambiental em Saúde, órgão da Secretaria Municipal da Saúde, a Cam­panha de Vacinação contra a Raiva Animal 2019, havia imunizado 67.012 animais (cães e gatos) durante as ações que ocorreram entre 10 de agosto e 13 de setembro em toda a cidade.

A campanha superou a meta de 60 mil animais em 11,7% antes do término – foi até o final de setembro. A rai­va é uma doença que não tem tratamento e nem cura e é transmitida a cães e gatos por meio de contato com morce­gos contaminados. Por isso, há necessidade de proteger os ani­mais domésticos, uma vez que a doença pode ser transmitida também ao homem.

“Orientamos a população, principalmente, para que alerte as crianças e adolescen­tes a não manterem contato com os animais. Quem en­contrar um morcego, mesmo que esteja morto, deve acionar a Divisão de Vigilância Am­biental para que sejam orien­tados corretamente”, explica Maria Lúcia Biagini, chefe da Divisão de Vigilância Am­biental em Saúde.

Devido ao risco de trans­missão do novo coronavírus em situações que geram aglo­meração, as equipes técnicas de saúde estadual e muni­cipais optaram por manter apenas a imunização de ro­tina, disponível nos serviços de saúde municipais ou es­tabelecimentos médico-ve­terinários privados, sendo responsabilidade do tutor ou proprietário zelar pela saúde do animal de estimação.

Tradicionalmente, a ação ocorria entre os meses de agosto e setembro. A campa­nha poderá ser reprogramada a depender do cenário epide­miológico do novo coronaví­rus, e qualquer definição será discutida com os municípios e amplamente comunicada à população.

“Em São Paulo, as ações de vigilância, prevenção e con­trole da raiva são constantes, e há mais de duas décadas foi eliminada a circulação da va­riante canina”, explica a direto­ra do Instituto Pasteur, Luciana Hardt. Desde 1997, o estado não registra casos de raiva em humanos provocados pela va­riante canina, e desde 1998 não há casos caninos e felinos.

Casos esporádicos podem ocorrer pela variante de mor­cego, sendo o último registro de 2018 após contato direto da vítima com morcego infectado (vivo ou morto). “Por isso, é fundamental que esses animais não sejam manipulados caso sejam encontrados nas resi­dências, quintais e áreas com vegetação”, diz Hardt.

Os morcegos são animais silvestres protegidos por lei, e contribuem com o meio am­biente porque agem na poli­nização de flores, dispersão de sementes, controle da popula­ção de insetos. Portanto, não devem ser exterminados em qualquer hipótese.

Prevenção e atendimento médico
A prevenção da raiva ocor­re por meio do controle da doença nos animais domésti­cos e da profilaxia no ser hu­mano. Assim, as pessoas ou cães e gatos que tiverem con­tato acidental com morcegos devem ser prontamente en­caminhadas para tratamento profilático.

Também é imprescindível procurar um serviço de saúde se a pessoa for arranhada ou mordida por um animal ma­mífero desconhecido. Não há cura para a raiva e é uma doen­ça quase sempre fatal, que pode provocar paralisia, debilidade e outros quadros motores.

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