O ano de 2020 iniciou-se com uma notícia de que um novo vírus estava acometendo a população de uma grande cidade chinesa causando uma pneumonia de evolução quase sempre fatal.
Esse vírus de origem até agora obscura se espalhou inicialmente pela própria cidade atingindo outras cidades chinesas e em seguida pelos países vizinhos e mais tarde pelo mundo inteiro.
Esse vírus apresenta um perfil muito estranho que o diferencia de qualquer outro vírus até então conhecido. Uma pessoa ao ser contaminada por esse vírus pode não sentir nada, mas pode também ter sinais e sintomas graves causando a morte.
A contaminação por esse vírus descobriu-se ser de pessoa para pessoa e em consequência disso, isolar as pessoas em suas casas passou a ser uma necessidade imperiosa. E como a penetração do vírus constatou-se ser através das vias respiratórias, um bloqueio à penetração seria através do uso de máscaras e manter as pessoas distantes umas das outras.
Esse tipo de atitude impactou a vida das pessoas que um novo mundo com normas de viver teve que ser estabelecido. Esse vírus chegou ao Brasil proveniente da própria China ou da Itália, país que o Brasil tem forte intercâmbio turístico.
Em nosso país esse vírus encontrou terreno fértil para a sua propagação pelo fato de termos uma estrutura de saúde pública fragilizada decorrente de anos e anos sem investimentos adequados. Como sempre, formatamos nossa matéria sob a estrutura pedagógica de perguntas e respostas para facilitar a leitura, compreensão e reflexão.
1. Em Ribeirão Preto nos últimos oito dias houve alguma mudança no que diz respeito à pandemia causada pelo novo coronavírus?
Houve sim e infelizmente para pior. O número de infectados e de óbitos aumentou. E este aumento se deve às medidas preventivas não terem sido combatidas adequadamente apresentando, portanto, pouca eficiência.
Entre os principais focos de transmissão do vírus já sabemos que é o transporte coletivo urbano e interurbano, bem como a conscientização da população para o uso adequado dessas medidas.
Temos em Ribeirão Preto mais de 14 mil contaminados e mais de 400 mortos que são números alarmantes. Infelizmente está ocorrendo em nossa cidade um desencontro de informações por parte de autoridades da saúde e às vezes até de autoridades estaduais, o que contribui para gerar confusão entre as pessoas.
2. E na região de Ribeirão Preto como está a situação?
Segue o mesmo foco que está acontecendo em Ribeirão Preto, isto é, está piorando, pois a cada dia em todas as cidades da região está sendo registrado aumento do número de casos de infectados e de mortes. Todas as cidades da região têm intercâmbio muito grande com Ribeirão Preto e isso faz com que esse fluxo de pessoas nos dois sentidos facilita a disseminação, daí pode-se afirmar que, o que está acontecendo em Ribeirão Preto tem repercussão em todas as cidades da região.
3. No estado de São Paulo como está a situação em relação à pandemia?
No estado de São Paulo o número de infectados e de óbitos parece ter se estabilizado, mas em número bastante elevado. Já temos mais de 500 mil infectados e quase 25 mil óbitos. O vírus que chegou ao Brasil se espalhou inicialmente na capital, região metropolitana, baixada santista e em seguida se disseminou para todo o interior do estado chegando à totalidade dos municípios e registrando óbito em mais da metade deles.
4. E qual é a situação do Brasil?
Estava péssima e infelizmente assim continua. Estamos chegando a uma situação horrível de termos 100 mil brasileiros mortos e quase três milhões de infectados. São números alarmantes.
E isso está acontecendo porque parece haver uma descoordenação entre as autoridades federais, estaduais e municipais. O momento é tão grave que requer uma força-tarefa de âmbito nacional, isto é uma associação de esforços para lutar e vencer essa pandemia.
PS: Devido à lei eleitoral e pelo fato de, provavelmente, sermos pré-candidato a um cargo eletivo, não estaremos publicando nossa coluna até as eleições. Agradecemos aos nossos leitores e recomendamos: ficar em casa o máximo possível; se sair use máscara, mantenha o distanciamento entre as pessoas e lave as mãos frequentemente.