O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira, 5 de agosto, autorização para que restaurantes, padarias e similares ofereçam consumo local até às 22 horas nas regiões que estejam na fase amarela do Plano São Paulo há pelo menos 14 dias consecutivos. Até então, era permitido atendimento presencial até as 17 horas.
“Depois de rigorosa análise, o Centro de Contingência constatou que não houve impacto negativo dos indicadores epidemiológicos com a retomada gradual do consumo em restaurantes em regiões que estão na fase amarela do Plano São Paulo. A partir desta constatação, o governo do Estado vai publicar decreto que autoriza abertura de restaurantes, padarias e estabelecimentos de alimentação até as 22 horas”, disse Doria.
O consumo local continua permitido apenas em ambientes arejados ou ao ar livre, com obrigatoriedade de assentos. Não será permitido que os clientes fiquem em pé. A orientação é que os estabelecimentos atendam os clientes conforme horário agendado previamente, para evitar aglomerações.
A ocupação máxima deve ser de 40% da capacidade dos assentos e o funcionamento precisa ocorrer por no máximo seis horas diárias, consecutivas ou não, com adoção dos protocolos geral e específicos para o setor. Funcionários e clientes devem usar máscara em todos os ambientes, tirando apenas no momento da refeição.
O secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi, esteve em Ribeirão Preto na terça-feira (4) e disse que as 26 cidades da região do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS XIII) podem avançar de fase no Plano São Paulo.
Nesta sexta-feira (7), o governo de São Paulo vai anunciar se Ribeirão Preto e mais 25 municípios da área do DRS XIII região vão continuar na zona vermelha do Plano São Paulo, a mais restritiva, ou se vai avançar para etapas em que a quarentena é mais flexível. Existe a possibilidade de a região saltar direto para a faixa amarela, sem passar pela laranja.
Segundo Vinholi, na região de Ribeirão Preto, na última quinzena, os casos de coronavírus recuaram 5%, as internações caíram 12% e os óbitos registraram queda de 27%. A ocupação de leitos de terapia intensiva também está dentro da margem estabelecida do Plano São Paulo, igual ou abaixo de 80%.
De acordo com o Estado, no início da pandemia, a região de Ribeirão Preto contava com 6,8 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para cada 100 mil habitantes. Agora, este número mais do que triplicou e foi para 21,5. São UTIs para tratamento exclusivo de pacientes com o novo coronavírus.
Com os novos 13 leitos de UTI do Hospital das Clínicas, Ribeirão Preto passa de 237 para 250 leitos de terapia intensiva, segundo a prefeitura, incluindo redes pública e privada – capacidade de atendimento três vezes maior do que no início da pandemia. Além disso, existem 271 leitos de enfermaria para o tratamento da doença na cidade.
Se Ribeirão Preto avançar de fase, existe a possibilidade de que as vendas presenciais no comércio sejam liberadas já neste sábado (8), véspera do Dia dos Pais, celebrado neste domingo (9). O secretário municipal da Saúde, Sandro Scarpelini, diz que a proposta da Câmara e da Associação Comercial e Industrial é viável e seria apresentada ao prefeito Duarte Nogueira Júnior.
Outra possibilidade em estudo é de abertura do comércio e outros serviços por oito horas diárias, mas essa decisão tem de ser em comum acordo com o governo estadual. Na fase laranja a abertura é autorizada por quatro horas seguidas todos os dias da semana ou por seis horas em apenas quatro dias, devendo o comércio permanecer fechado nos outros três dias.
Mesmo na fase seguinte, a fase amarela, o comércio pode abrir por seis horas nos sete dias da semana. Ribeirão Preto está na fase vermelha do Plano São Paulo há oito semanas, desde 15 de junho. A nova quarentena começou em 27 de julho e vai até segunda-feira (9). Atualmente, na região de Ribeirão Preto, apenas os serviços essenciais podem atender presencialmente.
Entre eles estão os supermercados, padarias, açougues, bares, lanchonetes e restaurantes (desde que não haja consumo no local), farmácias, drogarias, bancos (seguindo as regras de distanciamento e higienização), postos de combustíveis, serviços de limpeza, segurança, transporte (ônibus, táxis e aplicativos) e abastecimento.
A fase laranja permite funcionamento com 20% da capacidade de público em comércio de rua, shopping centers, escritórios em geral, imobiliárias e concessionárias. O horário é limitado. Na fase amarela, além dessas atividades, também podem atender, com restrições e regras rígidas, bares, restaurantes e salões de beleza e de estética – cabeleireiros, barbearias, esteticista, manicure, pedicure, depilador e maquiador.
A permanência por 28 dias seguidos na fase amarela também permite a reabertura, com limitações, de espaços culturais como museus, bibliotecas, cinemas, teatros e salas de espetáculos. Na zona verde do Plano São Paulo, é permitida a abertura de um número maior de setores em relação à fase 3. A fase azul permite o “normal controlado” na qual todos os setores em funcionamento, mas mantendo medidas de distanciamento e higiene.
A região do DRS XIII é formada por Ribeirão Preto, Altinópolis, Barrinha, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guariba, Guatapará, Jaboticabal, Jardinópolis, Luis Antônio, Monte Alto, Pitangueiras, Pontal, Pradópolis, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, São Simão, Serra Azul, Serrana e Sertãozinho.