Tribuna Ribeirão
Cultura

Ícone da fotografia, Araquém Alcântara, comemora meio século de carreira

JUAN ESTEVES

Reconhecido mundialmente por suas obras fotográficas, Araquém Al­cântara, um dos precursores da foto­grafia de natureza no Brasil, comemo­ra 50 anos de uma carreira brilhante e consolidada.

Um dos mais importantes fotó­grafos em atuação da atualidade, Araquém começou a fotografar ainda menino, reproduziu sua primeira foto em janeiro de 1970, e não parou mais.
Em meio século de andança, já conquistou 6 prêmios internacionais e mais de 70 prêmios nacionais. Os 55 livros lançados têm como base criati­va o Brasil, sobretudo a Amazônia e o sertão brasileiro.

“Minhas fotos são um canto de amor à natureza e ao povo brasilei­ro. De um lado a fertilização imensa que é este país amazônico, verdadei­ra sinfonia de belezas. De outro, a violentação assassina dos santuários ecológicos, a degradação impune da natureza, o povo espoliado, faminto, sem futuro”.

Com fotos famosas que rodam o mundo, Araquém luta pela sustenta­bilidade, regularização fundiária da Amazônia e proteção dos povos indí­genas, e acredita que esse é o momen­to para vetorizar todos os esforços para que o Brasil se torne uma grande potência verde.

“O momento para mudar o Brasil é agora, precisamos parar o desmatamen­to! O homem se afastou da natureza e na sua extrema ignorância pensa domi­nar e domesticar à sua maneira o vasto complexo biológico a que está submetido por leis maiores. Sou um artista de com­bate, indomado, viajante, colecionador de mundos. Minhas fotos convidam à reflexão, ativam a imaginação e o sonho. Não tenho compromissos com escolas, partidos e ideologias”.

No próximo dia 15 de agosto, Ara­quém retorna à Amazônia, num mo­mento difícil e delicado em que vive a região e o povo indígena, por onde ficará um mês para registrar novos momentos que completarão sua obra sobre a floresta tropical. As imagens registradas serão expostas em uma feira de Frankfurt, na Alemanha, em outubro de 2021. Esse trabalho tam­bém contempla a série de lançamen­tos comemorativos.

“Eu cheguei a morar 5 meses na Amazônia, foi minha odisseia duran­te 15 anos, onde pude ver e conhecer as joias raras do país. Minhas fotos não são andaime de nada, elas são como música, celebram a vida.”

Ainda em projetos comemorati­vos futuros, uma linha de produtos como camisetas, bonés e mochilas com suas obras estampadas estão em negociação.

Alguns trabalhos do artista

O jaguaretê no corixo Chamé. Serra do Amolar. PantanalMenina do Rio Negro e seu bicho de estimação. Arredores de Manaus. 2010Verificado índios Ingaricós. Rio Cotingo. RoraimaJovem ribeirinho do rio Negro. AmazonasBiguatinga. Estação Ecológica de Juréia-Itatins. Peruíbe/Iguape.1979

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