Tribuna Ribeirão
Economia

Inflação do aluguel sobe 2,23% em julho

MARCELO CAMARGO/AG.BR.

O Índice Geral de Preços – Mer­cado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel em todo o país, ganhou tração em julho e su­biu 2,23%, após alta de 1,56% em junho. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 30 de julho, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

É a maior variação mensal para o indicador desde fevereiro de 2003, quando havia subido 2,28%. Com o resultado, o IGP-M passou a acumular inflação de 6,71% em 2020 e de 9,27% nos doze meses encerrados em julho. Nos compo­nentes do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) acelerou a 3%, depois de avançar 2,25% no mês anterior.

O indicador, que responde por 60% do IGP-M, passou a acumular taxa de 9,34% em 2020 e de 12,6% em doze meses. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) também ganhou força e subiu 0,49%, após alta de 0,04% em junho.

O indicador passou a acumular inflação de 0,9% no ano e de 2,09% em doze meses. O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) subiu 0,84% nesta leitura, após taxa de 0,32% na anterior, e acu­mulou alta de 2,55% no ano e de 3,95% em doze meses.

Pressão da gasolina no IPC-M
O Índice de Preços ao Consu­midor – Mercado (IPC-M) acelerou a 0,49% em julho. Com a alta, o ín­dice acumula inflação de 0,9% em 2020 e de 2,09% em 12 meses. A principal influência altista sobre o índice partiu do grupo transportes (0,21% para 1,45%), que acelerou puxado pela elevação dos preços da gasolina (0,4% para 4,45%).

Outros quatro grupos que compõem o IPC também tiveram alta nas suas taxas: educação, leitura e recreação (-1,33% para 0,12%), com passagem aérea (-10,08% para 13,55%); habita­ção (-0,11% para 0,49%), devido a tarifa de eletricidade residen­cial (-1,06% para 1,09%); saúde e cuidados pessoais (0,19% para 0,32%), com medicamentos em geral (0,41% para 1,09%); e co­municação (0,41% para 0,61%), com mensalidade para TV por as­sinatura (0,53% para 1,46%).

Em contrapartida, houve de­saceleração nas taxas de alimen­tação (0,45% para 0,05%), com pressão de hortaliças e legumes (0,95% para -12,27%); vestuário (-0,11% para -0,24%), com rou­pas (-0,06% para -0,38%); e des­pesas diversas (0,21% para 0,2%), com alimentos para animais do­mésticos (1,08% para -0,83%).

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