Tribuna Ribeirão
Saúde

Vacina passa para estágio avançado

DADO RUVIC/REUTERS

O laboratório Moderna Inc. afirmou nesta segunda-feira, 27 de julho, que iniciou o estágio final de testes em uma candi­data a vacina para a covid-19, com apoio do governo dos Es­tados Unidos. Este é a primeira pesquisa a ser implementada no programa anticoronavírus “Operation Warp Speed”, do go­verno de Donald Trump.

As notícias do estudo, que testará a resposta à vacina em 30 mil adultos sem registro da do­ença respiratória, aumentaram as ações da Moderna em 11%. O governo federal dos EUA está apoiando o projeto com quase U$ 1 bilhão (aproximadamen­te R$ 5,21 bilhões) e o escolheu como um dos primeiros a entrar na fase de ensaios em larga esca­la em humanos.

Mais de 150 candidatos a va­cina estão em vários estágios de desenvolvimento pelo mundo, com 23 perspectivas em testes em humanos. A Moderna e a empresa britânica AstraZene­ca Plc estão liderando a corrida com seus candidatos já em está­gio avançado.

Enquanto a rival AstraZene­ca disse na semana passada que ainda estava em vias de produzir suas doses até setembro, o labo­ratório e outras empresas far­macêuticas estão agora visando a entrega de vacinas totalmente testadas até o final deste ano.

“Ter uma vacina segura e eficaz distribuída até o final de 2020 é uma meta exten­sa, mas é a meta certa para o povo americano”, disse Francis Collins, diretor do Instituto Nacional de Saúde dos EUA. A Moderna disse que continua a caminho de fornecer cerca de 500 milhões de doses por ano, chegando até um bilhão de do­ses por ano, a partir de 2021.

O estudo foi desenvolvido para avaliar a segurança do mRNA-1273 da Moderna e de­terminar se a vacina pode pre­venir a covid-19 sintomática após duas doses. Os cientistas também procuram responder se ela poderá prevenir a morte causada pelo coronavírus, en­tre outros objetivos.

Outras vacinas que também chegaram a estágios avançados na última semana são as desen­volvidas pela China com apoio do Cansino Biologics, em estudo que causou uma forte reação de anticorpos na maioria dos cer­ca de 500 voluntários testados; e pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca, que se mostrou segura e produ­ziu resposta imune em ensaios clínicos iniciais em mais de mil voluntários saudáveis.

No Brasil, a vacina chinesa CoronaVac começou a ser testa­da em voluntários na terça-feira passada, dia 21, e o Instituto Bu­tantã de São Paulo recebeu 20 mil doses do imunizante contra o novo coronavírus e de placebo que serão distribuídas para doze centros de referência do país, um em Ribeirão Preto. A expec­tativa do governo de São Paulo é que, caso haja resposta positiva, ela esteja disponível para a po­pulação no início de 2021.

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