Tribuna Ribeirão
Economia

Crise – Pandemia fecha 522,7 mil empresas

FERNANDO FRAZÃO/AG.BR.

A pandemia de covid-19 provocou, na primeira quinze­na de junho, o fechamento de 39,4% das 1,3 milhão de em­presas que haviam suspendido temporária ou definitivamente suas operações. No total, foram 522,7 mil negócios encerrados no período, segundo informa­ções divulgadas nesta quinta­-feira, 16 de julho.

Os dados são da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, que integram as Estatísticas Expe­rimentais do Instituto Brasi­leiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre essas que foram fechadas pela pandemia, 518,4 mil (99,2%) eram de pequeno porte (tinham até 49 empre­gados), 4,1 mil (0,8%) de porte intermediário (de 50 a 499 em­pregados) e 110 de grande por­te (mais de 500 empregados).

Ainda entre as empresas com atividades encerradas por causa da pandemia, 258,5 mil (49,5%) delas eram do setor de serviços, 192,0 mil (36,7%) do comércio, 38,4 mil (7,4%) da construção e 33,7 mil (6,4%) da indústria. Na primeira quinzena de junho, o País ti­nha cerca de 4,0 milhões de empresas, sendo 2,7 milhões (67,4%) em funcionamen­to total ou parcial, 610,3 mil (15,0%) fechadas temporaria­mente e 716,4 mil (17,6%) en­cerradas em definitivo.

Entre as que encerraram definitivamente suas ativida­des, independentemente do motivo, 715,1 mil ou 99,8% eram de pequeno porte, 1,2 mil (0,2%) eram intermediárias e nenhuma era de grande porte. Entre os setores, os Serviços tiveram a maior proporção de empresas encerradas em de­finitivo, 46,7% ou 334,3 mil, seguido por Comércio (36,5% ou 261,6 mil), Construção (9,6% ou 68,7 mil) e Indústria (7,2% ou 51,7 mil).

Ribeirão Preto
Segundo o IBGE, a crise cau­sada pela pandemia já impactou negativamente a economia de Ribeirão Preto com o fechamen­to de empresas ou demissões em 74,4% do setor de serviços que suspendeu a atividade por causa da quarentena, além de 72,9% da indústria, 72,6% da constru­ção civil e 65,3% do comércio.

Emprego
Mais da metade das empre­sas em funcionamento na pri­meira quinzena de junho não diminuíram o quadro de fun­cionários em relação ao início de março, quando se agravou a pandemia do novo coronavírus no Brasil. Segundo a pesquisa, 61,2% mantiveram o número de funcionários em compara­ção ao início de março.

No entanto, 34,6% en­xugaram o quadro de traba­lhadores, enquanto apenas 3,8% aumentaram o total de empregados. Entre as 948,8 mil empresas que reduziram a quantidade de funcioná­rios, 37,6% diminuíram em até 25% o quadro de pessoal; 32,4% dessas empresas cor­taram mais de um quarto até metade do total de funcioná­rios, e 29,7% dos estabeleci­mentos demitiram mais da metade dos funcionários.

Entre as empresas que ado­taram alguma medida em rea­ção aos reflexos da pandemia sobre os negócios, 91,1% afir­maram que realizaram campa­nhas de informação e preven­ção e adotaram medidas extras de higiene em suas atividades. O trabalho domiciliar – teletra­balho, trabalho remoto e tra­balho à distância – foi adotado por 38,4% das empresas.

Outros 35,6% anteciparam férias dos funcionários. Quanto à percepção sobre a ajuda do go­verno no enfrentamento da cri­se, 32,4% empresas consideram que adotaram pelo menos uma medida com apoio governa­mental. Ou seja, das empresas que adotaram alguma medida de reação à pandemia, quase 70% consideram que não tive­ram apoio do governo.

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