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O novo coronavírus: panorama atual – III

Esse novo coronavírus é diferente de todos os vírus até então conhe­cidos e estudados, principalmente por uma de suas características que é a pessoa estar infectada, não ter qualquer sinal ou sintoma, mas ser capaz de transmitir o vírus.

Como sabemos, esse vírus é originário da China, onde surgiu pela pri­meira vez no final do ano passado. Sua origem continua obscura e diversas pesquisas sobre a origem desse vírus estão inconclusivas, até o momento.

Entre essas teorias há uma que não só desperta curiosidade como também preocupação: é a de que ele foi “fabricado” em laboratório. Outras afirmam que ele proveio de um animal exótico tipo morcego, serpente e outros animais selvagens. No entanto, nenhuma dessas hipóteses foi devi­damente comprovada.

E o certo é que o vírus se espalhou rapidamente na própria cidade onde foi constatada a sua presença pela primeira vez e depois pela região e final­mente saiu do país e se espalho pelos quatro cantos do mundo, chegando ao Brasil e causando essa catástrofe que estamos vivenciando.

Como sempre vamos tecer considerações atuais sobre a ação desse vírus, inicialmente em nossa cidade, região, estado, no Brasil e no mun­do. Formatamos essa apresentação no modelo pedagógico de perguntas e respostas visando sua melhor compreensão.

1. Nos últimos oito dias houve alguma mudança no cenário de nossa cidade em relação ao novo coronavírus?
Realmente houve sim e infelizmente piorou um pouco. Em um único dia tivemos 18 óbitos, um recorde. E o número de infectados também está aumentando consideravelmente. E o que é pior: o número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) está em sua capacidade máxima, o que se não forem abertas novas vagas, a tendência será o colapso completo do sistema de saúde de nossa cidade, o que será desastroso para a população.

2. E em nossa região?
Também a situação é preocupante. Analisando os dados constatamos que em muitas cidades houve aumento e em nenhuma houve diminuição, não só no número de óbitos como também de infectados.
A região de Ribeirão Preto está sendo considerada cor vermelha significando sinal de alerta com o comércio fechado bem como, só serviços essenciais podem funcionar.

3. No estado de São Paulo como está a situação do novo coronavírus?
Infelizmente a situação no estado de São Paulo é muito ruim. A cada dia registramos um aumento no número de óbitos e de infectados na maior parte dos 645 municípios do estado. Na metade dos municípios já foram registrados óbitos e em sua quase totalidade o vírus já contaminou pessoas.
Como sabemos a estrutura hospitalar das pequenas cidades do interior é precária, o que dificulta muito o tratamento de pacientes graves que ne­cessitam de Terapia Intensiva, o que obriga as pessoas a serem transferidas para cidades maiores e com mais recursos.

4. E o Brasil, como vai indo em relação à presença do novo coronavírus?
Péssima é a situação do Brasil como um todo. Já chegamos à marca de mais de 70 mil brasileiros mortos em decorrência da doença. O número de infectados no Brasil já se aproxima de dois milhões, o que são números impressionantes.
Em dez estados o número de mortos e de infectados continua aumen­tando muito. Por outro lado, em alguns estados há uma certa estabilização e em alguns poucos observa-se diminuição, mas ainda em pequena escala. O Brasil é um país estranho e complexo. Em plena pandemia e com núme­ros alarmantes de mortes o país registra dois meses sem ter um ministro da Saúde efetivo para conduzir e enfrentar essa importante contingência.

5. No que se refere ao mundo como está a ação do novo coronavírus?
Muito preocupante principalmente em relação aos países de maior população como Brasil, Rússia, Estados Unidos e Índia. Nesses países infe­lizmente o aumento no número de óbitos e de infectados é cada vez maior. Europa Ocidental principalmente Itália, Espanha e França e em menor escala no Reino Unido onde a situação parece tender à estabilização e dado que as características desse vírus são pouco conhecidas é possível que uma segunda onda de infecção seja algo que não pode ser descartado. (Continua na próxima semana)

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