Tribuna Ribeirão
Economia

Prorrogada redução de salários e jornada

ROVENA ROSA/AG.BR.

O presidente Jair Bolsonaro prorrogou os prazos de redu­ção de jornada e de salário e de suspensão temporária do con­trato de trabalho no âmbito do Programa Emergencial de Ma­nutenção do Emprego e Ren­da, criado pelo governo para diminuir os efeitos econômicos e sociais causados pela pande­mia de covid-19.

O decreto nº 10.422/2020 foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 14 de julho. O prazo máximo para os acordos de redução proporcional da jornada de tra­balho e de salário, que era de 90 dias, agora será de 120 dias. Já o prazo para a suspensão tempo­rária do contrato de trabalho, que era de 60 dias, também pas­sa a ser de 120 dias.

A possibilidade de prorroga­ção já estava prevista na lei que institui o programa.

As medidas têm objetivo de diminuir as despesas das empre­sas em um período em que estão com atividades suspensas ou re­duzidas. O decreto diz ainda que a suspensão do contrato de tra­balho poderá ser de forma fra­cionada, em períodos sucessivos ou intercalados, desde que sejam iguais ou superiores a dez dias.

Trabalho intermitente
O programa também esta­belece o pagamento de um be­nefício emergencial de R$ 600, por três meses, para os empre­gados com contrato de trabalho intermitente formalizado até 1º de abril, data da publicação da Medida Provisória 936, que ori­ginou o programa.

De acordo com o decreto publicado nesta terça-feira, o governo pagará este benefício por mais um mês, totalizando quatro parcelas. O benefício emergencial não pode ser acu­mulado com o auxílio emer­gencial, pago pelo governo a trabalhadores informais, micro­empreendedores individuais, autônomos e desempregados.

Nesse caso, os trabalha­dores com contrato intermi­tente terão direito àquele que for mais vantajoso. De acor­do com o Cadastro Geral de Empregados e Desemprega­dos (Caged) do Ministério da Economia, a pandemia do novo coronavírus obrigou a economia de Ribeirão Preto a fechar mais 2.368 vagas com carteira assinada em maio.

Em abril, a economia lo­cal já havia registrado o maior déficit da história para o mês, com o encerramento de 5.265 postos de trabalho. Em março, já haviam sido extintos 1.633 empregos Em três meses, Ri­beirão Preto fechou 9.266 vagas de emprego formal.

Em maio, foram 3.643 ad­missões e 6.011 demissões em Ribeirão Preto. Em abril, foram 3.698 contratações e 8.963 dis­pensas. Em março, a economia local admitiu 8.698 trabalhado­res e demitiu 10.331. No acumu­lado do ano, entre 1º de janeiro e 31 de maio, o déficit do empre­go formal já chega a 7.523, com 34.256 contratações e 41.779 dispensas, também como con­sequência da pandemia. Em janeiro e fevereiro o saldo foi positivo, de 155 e 1.115 novos postos, respectivamente.

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