Tribuna Ribeirão
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Larga Brasa

O pacificador
Logo após o movimento militar de março de 1964, Ribeirão Preto passou por situações críticas sempre tendo a frente o QG militar do Exército. Ocorreram momento de tensões e outros em que os envolvidos abrandaram a tensão com diálogos. O pre­feito eleito, que tomou posse naquele ano, Welson Gasparini, foi colocado em uma posição incômoda a ser instado a decla­rar apoio a revolução, golpe ou como se queira denominar. Foi levado ao Palácio do Arcebispo, que era Dom Agnelo Rossi, e várias autoridades da época fizeram cartas para que ele assi­nasse, mas o prefeito rasgou-as todas por não concordar com o teor do documento.

Meu Deus do céu!
Gasparini quase foi preso e por pouco não perdeu o mandato por posições firmes do vice-prefeito Orestes Lopes de Camar­go, que não aceitava assumir naquelas condições, e de um ve­reador, Mario Spanó, que mesmo doente peitou o comandante das operações dizendo que havia sido eleito pelo povo e não iria tirar alguém que também havia sido ungido pelas urnas. O clima era tenso com prisões, oitivas de participantes dos que eram considerados de esquerda, e fora os que se aproveita­vam do momento para “dedurar” desafetos.

Paz na Terra aos homens de boa vontade
Quando os antagônicos estavam por se enfrentarem de for­ma mais direta, eis que chega a Ribeirão Preto um coronel do Exército, cearense, afeito ao diálogo e que começou a pacificar a região. Ele havia sido diretor da Escola do Exército e pos­suía os mais modernos equipamentos. Por pouco não obstou o movimento impedindo o avanço do General Mourão (o de Minas) para evitar derramamento de sangue.

Amigo de todos
Luiz Abner de Souza Moreira assumiu a liderança, não pela força, mas pela simpatia, pelo bom senso. Deixou de ouvir aos que queriam vingança por outros motivos alheios a situação política e começou a entender aos reclamos dos pertencentes ao outro lado. Conseguiu ser amigo de todos, pacificou a São Sebastião de Ribeirão Preto e depois não voltou para requerer a paternidade da tranquilidade que nos legou. Deve estar em outras dimensões, dialogando e rindo de fatos e feitos jocosos que existem mesmo nos momentos mais cruciais.

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