Ribeirão Preto foi classificada como “capital regional A” no levantamento Regiões de Influência das Cidades (Regic 2018), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No estudo anterior, a cidade aparecia como “capital regional B”.
Sertãozinho foi classificada como “centro sub-regional A” e Jaboticabal, como “centro sub-regional B”. Ribeirão Preto é sede da Região Metropolitana que engloba 34 cidades com população estimada em 1,7 milhão de habitantes.
“Isso [a classificação] traz uma responsabilidade grande para todos nós. E essa classificação de capital regional nos remete à comparação com as capitais mundiais, onde são necessárias cinco coisas que considero mais vitais”, diz o prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB).
“Cuidar da segurança pública, da mobilidade urbana, da destinação final dos resíduos sólidos, da sustentabilidade e a empregabilidade, porque não há felicidade se não houver emprego para as pessoas, e muito menos estabilidade social”, emenda.
A pesquisa Regic define a hierarquia dos centros urbanos brasileiros e delimita as regiões de influência a eles associados. É nessa pesquisa em que se identificam, por exemplo, as metrópoles e capitais regionais brasileiras e qual o alcance espacial da influência delas.
A identificação da hierarquia urbana e das áreas de influência é realizada por meio da classificação dos centros urbanos que possuem determinados equipamentos e serviços e que atraem populações de outras localidades.
A oferta diferenciada de bens e serviços entre as cidades faz com que populações se desloquem a centros urbanos bem equipados para adquirirem serviços de saúde e educação ou buscar um aeroporto, por exemplo.
Conhecer os relacionamentos entre as cidades brasileiras com base na análise dos fluxos de bens, serviços e gestão é um importante instrumento para se realizar escolhas locacionais, tais como decidir a localização de uma universidade, de um hospital ou decidir a localização de uma filial de empresa.
Quinta edição
A publicação da pesquisa Regiões de Influência das Cidades 2018 atualiza o quadro de referência da rede urbana brasileira. Trata-se da quinta edição da pesquisa que foi publicada anteriormente em 1972, 1987, 1993 e 2007.
“Capitais regionais”
De acordo com o trabalho, capitais regionais são os centros urbanos com alta concentração de atividades de gestão, mas com alcance menor em termos de região de influência em comparação com as Metrópoles. Ao todo, 97 cidades foram classificadas neste grupo em todo o país, com três subdivisões.
“Capital regional A”
Composta por nove cidades, em geral capitais estaduais das regiões Nordeste e Centro-Oeste, com exceção do arranjo populacional de Ribeirão Preto. Apresentam contingente populacional próximo entre si, variando de 800 mil a 1,4 milhão de habitantes em 2018. Todas se relacionam diretamente a metrópoles.
“Centros sub-regionais”
Neste terceiro nível hierárquico, as 352 cidades possuem atividades de gestão menos complexas (todas são nível 3 na classificação de gestão do território), com áreas de influência de menor extensão que as das capitais regionais. São também municípios de menor porte populacional, com média nacional de 85 mil habitantes, maiores na Região Sudeste (100 mil) e menores nas regiões Sul e Centro-Oeste (75 mil). Este nível divide-se em dois grupos.
“Centro sub-regional A”
Composto por 96 cidades presentes em maior número nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste, e média populacional de 120 mil habitantes.
“Centro sub-regional B”
Formado por 256 Cidades com grande participação das regiões Sudeste e Nordeste, apresenta média nacional de 70 mil habitantes, maiores no Sudeste (85 mil) e menores no Sul (55 mil).