Ribeirão Preto confirmou mais dez mortes por covid-19 entre sábado (27) e esta segunda-feira, 29 de junho, segundo as três últimas edições do Boletim Epidemiológico divulgadas pela Secretaria Municipal da Saúde. Os óbitos ocorreram entre os dias 17 e domingo (28). A cidade já soma 144 vítimas fatais do novo coronavírus. O município ainda tem 4.746 pacientes infectados pelo Sars-CoV-2.
Desde o dia 15, a covid-19 já fez 65 vítimas fatais em Ribeirão Preto. Em junho, segundo dados da secretaria, já são 71 mortes por causa da doença, dez a mais do que as 61 de maio, mas o mês ainda não acabou – tem ainda dez de abril e duas de março. A taxa de letalidade segue em 3% – atingiu este patamar pela primeira vez na terça-feira (23), quando anunciou 15 óbitos, maior número em apenas 24 horas.
Mesmo assim, a taxa de letalidade ainda é inferior aos índices regional (3,4%), estadual (5,2%), nacional (4,3%) e mundial (4,9%). A de mortes está em 20,47 para cada 100 mil habitantes. Segundo os dados do Departamento de Vigilância em Saúde, cinco das dez vítimas da covid-19 estavam internadas em hospitais públicos, uma em instituição particular e quatro faleceram em casa. São sete do sexo masculino e três do feminino.
Nesta segunda-feira, a secretaria anunciou a morte de uma mulher de 53 anos que sofria de obesidade e hipertensão arterial. Ela faleceu no dia 17. Na última quinta-feira (25), foram a óbito um homem de 36 anos com obesidade e um senhor de 76 anos com diabetes mellitus e hipertensão arterial.
Na sexta-feira, 26 de junho, foram mais três mortes, de um homem de 60 anos com doença cardiovascular crônica, doença pulmonar crônica e diabetes mellitus, de uma idosa de 90 anos com diabetes mellitus e de um senhor de 65 anos com diabetes mellitus e imunodeficiência
No sábado, dia 27, também ocorreram três óbitos, de uma senhora de 81 anos com doença cardiovascular crônica, doença neurológica crônica e diabetes mellitus, de um idoso de 87 anos com doença cardiovascular crônica, doença neurológica crônica, doença pulmonar crônica e doença renal crônica e de um homem de 49 anos com doença cardiovascular crônica e obesidade.
No domingo (28), a secretaria confirmou o falecimento de um senhor de 73 anos com doença cardiovascular crônica. Por sexo, são 79 homens (54,9%) e 65 mulheres (45,1%). A vítima mais jovens tinham 24 anos e a mais idosa, 99 anos.
Cento e trinta e cinco tinham alguma comorbidade como doença cardiovascular, crônica, diabetes, obesidade, hipertensão arterial, Mal de Chagas, pneumopatia, doença neurológica crônica, imunodeficiência e doença renal crônica, entre outras (93,7%).
Um homem de 76 anos não tinha doença preexistente (0,7%) e oito casos estão sob investigação (5,6%). Vinte e quatro pessoas tinham menos de 60 anos (16,7%) e 120 eram sexagenárias, septuagenárias, octogenárias ou nonagenárias (83,3%).
Por idade, os óbitos estão distribuídos entre 20 a 29 anos (duas mortes, 1,4%), de 30 e 39 anos (quatro, 2,8%), de 40 a 49 anos (sete óbitos, 4,9%), entre 50 e 59 anos (doze, 8,3%), entre 60 e 69 anos (23, ou 16%), de 70 a 79 anos (46, ou 31,9%), de 80 a 89 anos (36, ou 25%) e de 90 anos ou mais (14, ou 9,7%).
Segundo o boletim, a divisão dos óbitos por fatores de risco indica que a maioria das vítimas tinha doença cardiovascular crônica (73 pacientes, 50,7%). Também eram portadores de diabetes mellitus (40 pessoas, 27,8%) e doença neurológica crônica (30, ou 20,8%).
Também tinham hipertensão arterial (29, ou 20,1%), doença pulmonar crônica (14, ou 9,7%), doença renal crônica (doze, 8,3%), obesidade (doze, 8,3%), neoplasia (oito, 5,6%), doença hepática crônica (quatro, 2,8%) e imunodepressão (três, 2,1%).
Algumas eram portadoras de esquizofrenia (duas, 1,4%), doença hematológica crônica (uma, 0,7%), doença de Chagas (uma, 0,7%), asma (uma, 0,7%) e síndrome metabólica (uma, 0,7%). Oito óbitos ainda estão em investigação. Os números superam os 100% porque a maioria das 144 vítimas tinha duas ou mais comorbidades.