Ribeirão Preto confirmou mais 14 mortes por covid-19 nesta terça-feira, 23 de junho, maior número de óbitos anunciados em apenas 24 horas, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde. A cidade já soma 115 vítimas fatais em decorrência do novo coronavírus. O município ainda tem 3.771 pacientes com diagnóstico de Sars-CoV-2.
Desde o dia 15, a covid-19 já fez 38 vítimas fatais em Ribeirão Preto. Em junho, segundo dados da secretaria, já são 48 falecimentos por causa da doença – tem mais 56 de maio, nove de abril e dois de março. A taxa de letalidade chegou a 3% pela primeira vez desde o início da pandemia, mas ainda é inferior aos índices regional (3,4%), estadual (5,7%), nacional (4,5%) e mundial (5,1%).
Segundo o Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde, oito das 14 vítimas estavam internadas em hospitais públicos, três em instituições particulares e três morreram em casa. São sete de cada sexo (masculino e feminino).
Nesta terça-feira, a secretaria anunciou a morte de uma mulher de 49 anos com doença cardiovascular crônica, doença renal crônica e diabetes mellitus. Ela morreu no dia 13. No dia 15, um senhor de 84 anos morreu em casa. Era portador de doença cardiovascular crônica.
No dia 16, mais dois casos de pessoas que morreram na própria residência, de um homem de 52 anos com doença renal crônica e diabetes mellitus e de um idoso de 81 anos com doença cardiovascular crônica, doença renal crônica e diabetes mellitus.
Em 17 de junho, um homem de 71 anos com doença cardiovascular crônica e imunodepressão morreu de covid-19. No dia 18, uma senhora de 79 anos também faleceu. A Secretaria Municipal da Saúde investiga se ela tinha alguma comorbidade.
No último sábado (20), uma mulher de 79 com doença cardiovascular crônica, diabetes mellitus e neoplasia morreu em decorrência do novo cornavírus. No mesmo dia, uma idosa de 95 anos também faleceu, mas a secretaria ainda investiga se ela era portadora de comorbidades.
Também em 20 de junho, outra senhora de 95 anos morreu vítima do Sars-CoV-2. Ela era portadora de doença cardiovascular crônica. Ainda no sábado, uma mulher de 75 anos com doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus faleceu. No domingo (21) foram mais três óbitos.
Essas vítimas da covid-19 são um idoso de 76 anos com doença cardiovascular crônica e doença hepática crônica, um homem de 71 anos com hipertensão arterial e um senhor de 75 anos com doença cardiovascular crônica e doença pulmonar crônica. Por fim, na segunda-feira (22), o coronavírus causou a morte de uma senhora de 85 anos com doença neurológica crônica.
Por sexo, são 62 homens (53,9%) e 53 mulheres (46,1%). A vítima mais jovem é a garota de 24 anos com neoplasia e a mais idosa é uma senhora de 99 anos. Cento e seis tinham alguma comorbidade como doença cardiovascular, crônica, diabetes, obesidade, hipertensão arterial, Mal de Chagas, pneumopatia, doença neurológica crônica, imunodeficiência e doença renal crônica, entre outras (92,18%).
Um homem de 76 anos não tinha doença preexistente (0,87%) e oito casos estão sob investigação (6,95%). Dezessete pessoas tinham menos de 60 anos (14,8%) e 98 eram sexagenárias, septuagenárias, octogenárias ou nonagenárias (85,2%).
Por idade, os óbitos estão distribuídos entre 20 a 29 anos (uma morte, 0,9%), de 30 e 39 anos (três, 2,6%), de 40 a 49 anos (quatro óbitos, 3,5%), entre 50 e 59 anos (dez, 8,7%), entre 60 e 69 anos (dezenove, 16,5%), de 70 a 79 anos (36, ou 31,3%), de 80 a 89 anos (30, ou 26,1%) e de 90 anos ou mais (doze, 10,4%).
Segundo o boletim, a divisão dos óbitos por fatores de risco indica que a maioria das vítimas tinha doença cardiovascular crônica (57 pacientes, 49,6%).
Também eram portadores de diabetes mellitus (33 pessoas, 28,7%) e hipertensão arterial (25, ou 21,7%)
Também tinham doença neurológica crônica (21, ou 18,3%), doença pulmonar crônica (nove, 7,8%), neoplasia (oito, 7%), doença renal crônica (sete, 6,1%), obesidade (seis, 5,2%), doença hepática crônica (quatro, 3,5%) e doença hematológica crônica (uma, 0,9%)
Algumas eram portadoras de doença de Chagas (uma, 0,9%), asma (uma, 0,9%), síndrome metabólica (uma, 0,9%), imunodepressão (uma, 0,9%) e esquizofrenia (uma, 0,9%). Oito óbitos ainda estão em investigação. Os números superam os 100% porque a maioria das 115 vítimas tinha duas ou mais comorbidades.