Tribuna Ribeirão
Economia

Petrobras reajusta os preços nas refinarias

MARCELLO CASAL JR./AG.BR.

 

O preço da gasolina vendi­da nas refinarias da Petrobras foi reajustado em 5% no final de semana. O anúncio foi feito pela companhia que também divulgou aumento médio de 8% para o diesel vendido às dis­tribuidoras. Os novos preços já estão valendo desde sábado, 20 de junho. Essa é a terceira vez que a gasolina tem o preço rea­justado em junho.

O primeiro foi no dia 1º e o segundo no dia 9. De acor­do com a Petrobras, o produto abastece, atualmente, cerca de 60% dos veículos de passeio no Brasil. Já o diesel tem a primei­ra alta do mês. O anterior tinha sido no dia 27 de maio. Segun­do a Petrobras, o consumo de diesel automotivo se restringe basicamente ao setor agrícola e de transporte rodoviário, setores de extrema importância para a economia do país.

Acumulado
Com o aumento de 8%, que representa R$ 0,12 por litro, o preço médio do diesel da Pe­trobras para as distribuidoras passou a ser de R$ 1,63 por litro. No acumulado do ano, a redução do preço é de 30,2%. Na gasolina, o preço médio da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passou a ser de R$ 1,53 por litro, consideran­do a alta de 5%, ou R$ 0,07 por litro desta sexta-feira. No acu­mulado do ano, o produto tem queda de 20,2% no preço.

Pelos dados da Petrobras, em 2020, a gasolina teve 19 reajustes sendo sete aumentos e doze reduções de preços, en­quanto para o diesel foram 14, entre eles, três elevações e onze quedas de preços. “Os combus­tíveis derivados de petróleo são commodities e têm seus preços atrelados aos mercados interna­cionais, cujas cotações variam diariamente, para cima e para baixo”, diz a estatal. “Por isso, a variação dos preços nas refina­rias e terminais é importante para que possamos competir de forma eficiente no mercado brasileiro”, informa a petroleira.

Etanol
O preço do etanol caiu nas unidades produtoras do esta­do pela primeira vez em quase dois meses – desde 24 de abril, quando recuou 10,6%. Segun­do dados divulgados na sexta­-feira, 19 de junho, pelo Cen­tro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universida­de de São Paulo (Esalq/USP), o hidratado nas usinas paulistas segue acima de R$ 1,65.

O litro do produto, que qua­se chegou a R$ 2,15 no final de fevereiro e passou a maior parte de março, abril e maio na casa de R$ 1,30, agora passou de R$ 1,6746 para R$ 1,6607, queda de 0,83% – mesmo assim acu­mula alta de 25,01% desde o início de maio. O preço do ani­dro – adicionado à gasolina em até 27% – subiu 0,82%, superou R$ 1,85 e acumula elevação de 21,42% nas últimas sete sema­nas. Na sexta-feira, saltou de R$ 1,8610 para R$ 1,8762.

De acordo com o levanta­mento semanal da Agência Na­cional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), rea­lizado em 108 cidades paulistas entre 14 e 20 de junho, o litro da gasolina em Ribeirão Preto cus­ta R$ 3,700, o etanol é vendido por R$ 2,374, o diesel sai por R$ 2,928 e o diesel S10, por R$ 3,125 – foi constatada queda de preços em todos os produtos.

Considerando os atuais va­lores médios da agência, ainda é mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade está em 64,1% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana­-de-açúcar a relação chega a 70%.

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