Tribuna Ribeirão
Política

Elefanta – Vereador quer Bambi em santuário no MT

FOTO: JF PIMENTA/ARQUIVO

O vereador Isaac Antunes (PL) afirmou ao Tribuna que vai iniciar um processo de negocia­ção para que a elefanta Bambi, atualmente no Bosque e Zooló­gico Municipal Doutor Fábio de Sá Barreto, em Ribeirão Preto, seja transferida para o Santuário dos Elefantes, na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. O parlamentar aguarda o agenda­mento de uma reunião como secretário estadual do Meio Ambiente, Marcos Rodrigues Penido, para tratar do assunto.

O encontro está sendo inter­mediado pelo deputado estadu­al André do Prado (PL). A reto­mada das discussões sobre uma possível transferência da elefanta é, segundo o parlamentar, uma forma de garantir mais quali­dade de vida para o animal. No ano passado, o Tribuna divulgou que o santuário no Mato Grosso desejava levar as duas aliás que vivem no zoológico de Ribeirão Preto: Bambi e Maison.

Na época, após consulta so­bre a transferência de Bambi, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, por meio do De­partamento de Fauna (Defau), emitiu um parecer aconselhan­do o Bosque Municipal a evitar a doação da elefanta Bambi. O pedido de transferência havia sido feito pelo zoológico de Ri­beirão Preto e pelo Santuário dos Elefantes.

O parecer foi baseado no relatório de vistoria técnica fei­ta no zoo e “levou em conside­ração as condições de saúde da elefanta Bambi, o tratamento recebido, a presença constan­te de biólogo e veterinário no empreendimento e maior dis­ponibilidade de profissionais para atendimento em caso de necessidade”, diz o parecer.

Na prática, o relatório consi­derou o fato de Bambi ser cega do olho esquerdo, ter proble­mas de saúde e idade avançada e poderia não aguentar a viagem longa, cansativa e estressante – a distância entre Ribeirão Preto e a Chapada dos Guimarães é de 1.250 quilômetros, cerca de 16 horas no mínimo.

De acordo com os ideali­zadores do santuário, o espa­ço foi criado para garantir aos elefantes “uma velhice e um final de vida dignos” e sem o estresse dos zoológicos, circos ou locais em que viviam. Afir­mam que foi pensado e plane­jado em todos os aspectos para oferecer essa dignidade. Desde a escolha do local por causa do clima, do período de chuvas até a vegetação da área.

A reserva tem atualmente sete funcionários, empresas e entidades parceiras e também realiza campanhas de arreca­dação financeira. Não é permi­tida a visitação pública, pois o objetivo é dar tranquilidade aos animais. O santuário tem 1.100 hectares e abriga atualmente duas elefantas: Maia e Guida.

Na época do parecer con­trário, o Santuário dos Elefantes afirmou que pretendia conti­nuar as tratativas para a doação da elefanta Maison, que está em Ribeirão Preto desde outubro de 2011. As duas têm problemas de convivência, apesar de dividirem o mesmo recinto no zoo ribei­rão-pretano. Quando uma é colocada na área externa para tomar sol, a outra precisa ficar presa em outra ala do Bosque Fábio Barreto.

Elefantas vieram para o zoo em 2011 e 2014
A elefanta Bambi chegou ao Bosque Fábio Barreto em 23 de julho de 2014. Indiana, ela veio do zoológico municipal da cidade de Leme (SP) por determinação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Na época, a pasta considerou o local e o espaço em que ela vivia como inadequado. Antes, Bambi pertencia ao Circo Stankowich. Com quatro toneladas e três metros de altura, ela tem 41 anos.

Já a elefanta Maison, hoje com 45 anos, veio para Ribeirão Preto em 17 de outubro de 2011, doada ao município pelo proprietário do Circo Biriba, Carlos Antônio Spíndola, o popular “Biriba”, já falecido. A elefanta veio do Uruguai, onde trabalhou até o governo, a exemplo de outros países como o Brasil, proibir a apresentação de animais em espetáculos circenses.

Na época, a doação de Maison ganhou a mídia porque, após a negociação, descobriu-se que o Zoológico Municipal de Ribeirão Preto não possuía a estrutura exigi­da pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Centro de Fauna Silvestre para abrigar o animal. Passou um ano e cinco me­ses em um recinto improvisado. Em março de 2013, ganhou um espaço adequado a legislação ambiental.

O recinto possui 1,5 mil metros quadrados e tanque de 100 m² e custou ao município R$ 644 mil. Parte do recurso foi obtido por meio do Programa Integrado de Educa­ção Ambiental (Piea), do governo federal. Na época, o primeiro projeto de adequação foi orçado em R$ 1,3 milhão. Por fim, com metade do va­lor inicial, o recinto foi entregue com atraso. A elefanta Maison, asiática, tem 45 anos, pesa quatro toneladas, bebe cerca de 100 litros de água por dia e gosta de frutas, principalmente maçãs. Em media um elefante pode viver até os 60 anos de idade.

Postagens relacionadas

Vistoria em pontes – Vereador aciona o MPE para cumprimento de lei

Redação 1

Gandini assume PSD e diz que será candidato

Redação 1

Número de vereadores – Propostas vão para CCJ na sexta–feira

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com