Ribeirão Preto registrou mais 86 casos do novo coronavírus em 24 horas – um a cada 20 minutos – e o total de pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 saltou de 3.514 para 3.600 nesta segunda-feira, 22 de junho, aumento de 2,4% em relação a domingo (21), segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
O recorde diário de casos foi registrado na quarta-feira, dia 17, com 226 novas infecções. Atualmente, são 12.411 notificações e 6.043 que testaram negativo para covid-19, ou 48,7% do total. A cidade também aguarda o resultado de 2.768 exames que estão represados nos laboratórios (22,3%) – um número considerado alto. Os 3.600 casos confirmados representam 29%.
Os casos ocorreram em menos de quatro meses – são 96 de março, 209 de abril, 1.238 de maio e 2.057 de junho. Ribeirão Preto também tem 101 mortes por covid-19. Em um mês, desde 23 de maio, quando Ribeirão Preto contabilizava 740 casos confirmados de coronavírus, mais 2.860 pessoas foram infectadas pelo Sars-CoV-2, média de 95 por dia e alta de 386,5%.
Na época, a cidade contabilizava 17 mortes por covid-19. Atualmente, são 84 a mais. A Secretaria Municipal da Saúde acrescentou às notificações e aos casos descartados também as síndromes gripais. Os pacientes que procuram atendimento no sistema de saúde do município e estão sendo testados mesmo com sintomas leves de gripe.
A ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento de covid-19 no município – são 152 disponíveis – chegou a 81,6% no sábado (20), com 124 pessoas internadas. A média dos últimos sete dias é de 81,9%, com 113 dos 138 leitos ocupados. Na enfermaria, são 151 pacientes ocupando 63,7% das 237 vagas. A média semanal é de 68,4%, com média de 153 pessoas para 224 leitos.
Com a reclassificação das cidades no Plano São Paulo de retomada das atividades econômicas, Ribeirão Preto regrediu do nível 2 (controle, faixa laranja) para o nível 1 (alerta máximo, faixa vermelha) na última segunda-feira (15), passando a permitir apenas o funcionamento dos serviços essenciais. A quarentena na cidade vai até 28 de junho, segundo decreto do governador João Doria (PSDB).
O atendimento nos quatro shopping centers da cidade e no comércio em geral está restrito aos serviços de “delivery” e “drive thru”. Concessionárias de veículos, imobiliárias e escritórios de arquitetura, engenharia, advocacia e contabilidade, entre outros, também não poderão atender até o fim da quarentena.
Entre os serviços essenciais que podem manter o atendimento estão supermercados, padarias, açougues, bares, lanchonetes e restaurantes (desde que não haja consumo no local), farmácias, drogarias, bancos (seguindo as regras de distanciamento e higienização), postos de combustíveis, serviços de limpeza, segurança, transporte (ônibus, táxis e aplicativos) e abastecimento.
Segundo o Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi-SP) do governo de São Paulo, que acompanha 104 municípios com mais de 70 mil habitantes, taxa de isolamento social em Ribeirão Preto foi de 44% na quinta-feira (18), de 46% no feriadão do dia 19, de 47% no sábado (20) e de 51% no domingo (21). O ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 70%, e o aceitável de 50%.
Região
Sessenta e duas cidades da macrorregião de Ribeirão Preto tinham 7.022 pessoas infectadas com o novo coronavírus, além de 237 mortes por covid-19 nesta segunda-feira, 22 de junho. Já são 37 municípios com falecimentos em decorrência da doença. A taxa de letalidade é de 3,4%.