O preço do etanol voltou a subir nas unidades produtoras do estado. Segundo dados divulgados na sexta-feira, 12 de junho, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), o hidratado nas usinas paulistas está perto da casa de R$ 1,70.
O litro do produto, que quase chegou a R$ 2,15 no final de fevereiro e passou a maior parte de março, abril e maio na casa de R$ 1,30, agora saltou de R$ 1,6220 para R$ 1,6746, aumento de 3,24% – já acumula 25,84% desde o início de maio. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – subiu 3,05%, superou R$ 1,85 e acumula elevação de 20,6% nas últimas seis semanas. Nesta sexta-feira, saltou de R$ 1,8059 para R$ 1,8610.
Desde 9 de junho, o litro da gasolina está 10% mais caro nas refinarias da Petrobras. O valor subiu, em média, em R$ 0,13, de acordo com informação da Associação Brasileiras dos Importadores de Combustíveis (Abicom). O preço do diesel permaneceu inalterado. O aumento da estatal segue o movimento de alta do petróleo no mercado internacional da semana passada.
O aumento da gasolina nas refinarias foi o quinto em pouco mais de um mês.
Os derivados de petróleo fecharam maio com viés de alta. No dia 27, a Petrobras reajustou o preço da gasolina em 5%, o quarto somente no mês passado. No dia 21, a estatal elevou o valor do litro do derivado de petróleo em 12%. Uma semana antes, no dia 14, a gasolina subiu 10% nas refinarias da Petrobras. O combustível já havia sido reajustado em 12% no dia 7 e acumula alta de 49% em cerca de 40 dias.
No dia 27, o diesel também subiu em 7%. No dia 19, a Petrobras elevou também o preço do produto em 8%, o primeiro aumento após o início da pandemia. Agora, represa 15% de elevação. Depois das altas consecutivas nas unidades produtoras nos últimos dias, os preços dos combustíveis dispararam nas bombas dos mais de 150 postos de Ribeirão Preto.
O litro do etanol nos postos bandeirados saltou de R$ 2 (R$ 1,999) para R$ 2,60 (R$ 2,599), alta de 30%. Além disso, há locais onde o combustível está sendo vendido por R$ 2,68 (R$ 2,679), acréscimo de quase R$ 0,70 (R$ 0,68) e correção de 34%. Nos sem-bandeira, o preço do produto passou de R$ 1,87 (R$ 1,869) para R$ 2,55 (R$ 2,549), aumento de 36,3% e aporte de R$ 0,68. Há locais que praticam valores mais baixos, por isso o consumidor deve pesquisar.
Já o preço da gasolina nos franqueados subiu de R$ 3,50 (R$ 3,499) para R$ R$ 3,79 (R$ 3,789), reajuste de 8,3% e acréscimo de R$ 0,29. Nos independentes, saltou de R$ 3,20 (R$ 3,199) para R$ 3,75 (R$ 3,749), correção de 17,2% e aporte de R$ 0,55. O litro do diesel nos sem-bandeira subiu R$ 0,30, de R$ 2,70 (R$ 2,699) para R$ 3 (R$ 2,999), alta de 11,1%. Nos bandeirados, o derivado de petróleo custava R$ 3,30 (R$ 2,299) e agora é vendido a R$ 3,80 (R$ 3,799), reajuste de 15,1% e acréscimo de R$ 0,50.
De acordo com o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 108 cidades paulistas entre 7 e 13 de junho, o litro da gasolina em Ribeirão Preto custa R$ 3,718, o etanol é vendido por R$ 2,355, o diesel sai por R$ 3,224 e o diesel S10, por R$ 3,305.
Considerando os atuais valores médios da agência, ainda é mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade está em 63,3% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.