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Polícia

Crescem os registros de ‘mortes naturais’

FÁBIO POZZEBOM/AG.BR.

O número de óbitos por causas naturais nos meses de março a maio deste ano teve aumento de 11,3% na com­paração com o mesmo pe­ríodo do ano passado. A in­formação foi divulgada nesta segunda-feira, 15 de junho, com base nos registros lan­çados pela plataforma online Cartórios de Registro Civil no Portal da Transparência, administrada pela Associa­ção Nacional dos Registrado­res de Pessoas Naturais (Ar­pen-Brasil).

As mortes por causas na­turais são resultado de do­ença ou mau funcionamen­to interno do corpo e nesta classificação estão incluídos óbitos por covid-19 e demais doenças respiratórias. O re­gistro da morte é feito por meio de um documento que dá origem à certidão de óbito feita em cartórios liberação dos sepultamentos.

Segundo o levantamento, o crescimento foi de 32.249 óbitos no período de março a maio, passando de 284.928 mortes por causas naturais, em 2019, para 317.177 em 2020. O mês de junho não foi contabilizado. O maior cres­cimento, de 17,8%, se deu nos meses de abril e maio, enquanto que, no mesmo pe­ríodo de 2019 o aumento foi de 8,8%.

O total de óbitos no país de março a maio aumentou de 8,8%, passando de 304.676 em 2019, para 331.775 em 2020. Os dados também mostram crescimento de 7,2% em abril em comparação ao mês de março, e de 12,5% em maio.

Ranking
O Amazonas foi o estado que teve maior aumento no número de mortes no perí­odo, de 84,6%, seguido pelo Ceará (34,1%), Pará (28,8%), Pernambuco (28,7%), Rio de Janeiro (22,9%) e Maranhão (21,7%). O estado de São Paulo registrou um aumento de 9,5%, passando de 76.821 em 2019, para 84.172 em 2020. Minas Gerais, Paraná, Distrito Federal e Rio Gran­de do Sul viram o número de óbitos por causas naturais di­minuir na comparação com o ano de 2019.

Violência
Se por um lado as mortes por causas naturais aumentou, o fechamento de bares, casas noturnas e a redução de auto­móveis em circulação nas ruas e estradas levou à redução no número de mortes violentas, que caíram 26% neste ano em comparação a 2019.

Mortes violentas são as que correspondem a causas externas como acidentes de trânsito, homicídios, suicí­dios, afogamento, envenena­mento, queimaduras, entre outros. Essas causas, que em 2019 representaram 19.748 óbitos de março a maio, ca­íram para 14.598 no mesmo período de 2020. Nos cinco primeiros meses do ano, a redução é de 20,3%, passan­do de 40.593 no ano passado para 32.347 neste ano.

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