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Reclassificação de Ribeirão pode levar treinos do Botafogo para outra cidade

ALFREDO RISK/JORNAL TRIBUNA

A reclassificação da ci­dade de Ribeirão Preto para a Faixa 1 do Plano de Reto­mada Econômica, proposto pelo Governo do Estado de São Paulo, pode prejudicar os planos de volta aos treinos do Botafogo. Com a decisão, serviços considerados não essências voltam a fechar a partir do dia (15).

Com o recuo, a tendência é que o prefeito Duarte No­gueira (PSDB) não libere os times de futebol para retoma­rem as atividades dentro das dependências dos clubes. A data fazia parte da cartilha de retomada enviada pela FPF (Federação Paulista de Fute­bol) ao Governo estadual.

A decisão sobre a reclas­sificação de Ribeirão Preto pode fazer o Botafogo bus­car outra cidade para iniciar seus treinos. Em entrevista ao programa Wsports News, Gerson Engracia Garcia, pre­sidente da Botafogo S/A, afir­mou que o clube aguarda um posicionamento do Governo e reforçou a possibilidade de treinar em outra localidade.

“A primeira coisa é a gente saber o posicionamento do Governo do Estado de São Paulo se isso será possível (treinar em outra cidade). Nós sabemos que algumas prefeituras que estão no la­ranja (em relação ao plano de flexibilização gradual) deram essa autorização para que os clubes pudessem voltar a treinar. É o caso de Bragan­ça, Novo Horizonte, Limeira e Araraquara, mas eu, par­ticularmente, entendo que precisa do posicionamento do Governo do Estado. En­tão, primeiro o Governo tem que permitir, porque ativida­de física não é permitida nes­sa fase laranja. Se ele liberar esse protocolo, ai nós temos que procurar um local que se adeque a isso e com certeza não será Ribeirão Preto, pois está no vermelho”, afirmou Gerson Engracia.

Retorno caro

O protocolo também pre­vê que os clubes sigam algu­mas regulamentações sanitá­rias. Uma delas é testar todos os jogadores, comissão técni­ca e funcionários do clube que tenham contato diário com os atletas. Um teste para a co­vid-19 tem preço variado no mercado e pode custar entre R$ 200 e R$ 500 por unidade.

Segundo apurou o Tribu­na, o Botafogo terá de testar 85 profissionais. Se o Tricolor optar pelo mais barato, terá de desembolsar algo entorno de R$ 17 mil. Já se escolher o mais caro, os valores podem chegar a R$ 42 mil. Vale lem­brar que outras sessões de testagem serão necessárias antes do retorno dos jogos.

Os clubes acordaram com a FPF que os testes iniciais, antes da volta do campeona­to, serão custeados pelos ti­mes. Depois, quando a bola já estiver rolando, a federação vai arcar com os valores.

Outro montante que de­verá ser desembolsado é com a hospedagem. Para finalizar as duas rodadas restantes do Paulistão, os times vão ficar isolados em um hotel. Por exemplo, se o Botafogo tiver jogos marcados para quarta e domingo, vai precisar entrar no hotel na segunda-feira, jogar na quarta, retornar ao hotel e jogar no domingo.

O Campeonato Paulista está paralisado desde o mês de março e ainda tem duas rodadas para serem disputa­das. Porém, ainda não existe previsão de retorno. O Bo­tafogo é o vice-lanterna da competição e integra a zona de rebaixamento.

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