O fotógrafo e professor Carlos Moreira morreu nesta quinta-feira, 11, aos 83 anos, em São Paulo, vítima de complicações em decorrência de um câncer. Ele estava internado há alguns meses no Hospital Sírio Libanês.
Paulistano, Carlos Moreira nasceu em 1936 e se encantou pela fotografia quando entrou em contato com a obra de Henri Cartier-Bresson. Formado em economia pela Faap, decidiu, no fatídico ano de sua graduação, 1964, seguir a carreira de fotógrafo.
Sua obra fotográfica concentrou-se em cenários urbanos, mas sempre buscando um olhar mais intimista e, frequentemente, pela perspectiva homossexual, das relações interpessoais no espaço da cidade. O próprio Moreira falava sobre como sua orientação sexual foi marcante para sua carreira.
Na década de 1960, Moreira fez parte do grupo Novo Ângulo, fortemente influenciado pela obra de Cartier-Bresson. Embora não tenha exercido o jornalismo fotográfico, Moreira, como professor, formou grandes profissionais da área.
Suas fotografias foram expostas pelo mundo inteiro ao longo de mais de cinco décadas de carreira. Em 2019, Moreira teve fotos expostas na SP-Arte e uma última grande exposição no Espaço Porto Seguro, com mais de 400 peças