Tribuna Ribeirão
Geral

Vacina será testada ‘in vivo’ pela Fiocruz

© Erasmo Salomão/MS

Uma vacina contra a co­vid-19 será testada em seres vivos pela Fundação Oswal­do Cruz (Fiocruz), por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio­-Manguinhos). O teste será em modelo animal, fase de desenvolvimento chamada de estudos pré-clínicos. A informação foi divulgada em nota, nesta quarta-feira, 10 de junho, pela Fiocruz.

“A abordagem do projeto é de uma vacina sintética, com base em peptídeos antigênicos de células B e T – ou seja, com pequenas partes de proteínas do vírus capazes de induzir a produção de anticorpos especí­ficos para defender o organismo contra agentes desconhecidos – neste caso, o Sars-CoV-2 [co­vid-19]”, explica a Fiocruz.

Segundo o instituto, essas biomoléculas, identificadas em modelo computacional (in silico), foram produzidas por síntese química e validadas in vitro. Os peptídeos foram aco­plados em nanopartículas, que funcionam como uma forma de “entrega”, para apresentar es­sas biomoléculas para o sistema imune com melhor imunogeni­cidade e ativar sua defesa.

“As vantagens da aborda­gem vacinal sintética são a ra­pidez no desenvolvimento em comparação às metodologias tradicionais e o não requeri­mento de instalações de biosse­gurança nível 3 para as primei­ras etapas de desenvolvimento (sendo necessárias somente a partir dos estudos pré-clíni­cos), bem como o custo reduzi­do de produção e a estabilidade da vacina para armazenagem”, detalha a Fiocruz.

A fundação explicou que, na próxima etapa, serão feitas formulações vacinais com essas biomoléculas acopladas em na­nopartículas, para avaliação in vivo, onde serão obtidos os pri­meiros resultados relacionados à imunidade conferida ao novo coronavírus.

“A partir dos resultados dos estudos pré-clínicos, parte-se para a fase dos estudos clínicos de fases I, II e III. De qualquer forma, mesmo em processo acelerado de desenvolvimento tecnológico e, obtendo resulta­dos positivos em todas as eta­pas futuras, a vacina autóctone de Bio-Manguinhos/Fiocruz não chegará ao registro antes de 2022”, conclui.

O Brasil está em negocia­ções para se tornar um dos produtores mundiais da vacina contra a covid-19 que está sen­do desenvolvida pela Univer­sidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca.

A produção brasileira abas­teceria toda a América Latina. O acordo do governo com a iniciativa privada colocaria o país na dianteira, em um mo­mento em que corria o risco de estar no fim da fila da vacina. Dois mil voluntários que não testaram positivo para o Sars­-Cov-2 vão participar dos estu­dos no Brasil, mil em São Paulo e mais mil no Rio de Janeiro.

Postagens relacionadas

Câmara apresenta protótipo de portal 

William Teodoro

Família realiza campanha para comprar medicação de bebê com AME, em Ribeirão Preto

William Teodoro

Mega-Sena acumula e próximo concurso deve pagar R$ 33 milhões

William Teodoro

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com