Tribuna Ribeirão
Geral

RP tem 37 incêndios urbanos a cada mês

JF PIMENTA/ARQUIVO

O 9º Grupamento do Cor­po de Bombeiros registrou, em cinco meses deste ano – de 1º de janeiro a 31 de maio –, 188 incêndios em lotes ur­banos na cidade de Ribeirão Preto, uma média de 37,5 por mês, mais de um por dia. Es­sas queimadas são causadas pelos cidadãos em locais sim­ples como praças, terrenos ou mesmo na porta ou no terre­no de casa, geralmente para eliminar o acúmulo de massa verde (galhada) que não está sendo recolhida.

Para tentar proibir este tipo de delito, a Câmara de Vereadores aprovou, na ter­ça-feira, 9 de junho, proje­to de Igor Oliveira (MDB) sobre o assunto. Segundo o vereador, em época de es­tiagem, como acontece en­tre o outono e o início da primavera, e o consequente aumento das queimadas, é normal que as pessoas com problemas respiratórios pro­curem as unidades de saúde com mais frequência.

“Precisamos evitar que as queimadas urbanas se propa­guem e forcem as pessoas a procurar o sistema de saúde, hoje destinado ao combate ao coronavírus. Sabemos que estamos em um período críti­co, com aumento de casos da covid-19 e da ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enferma­ria. Não precisamos de mais esse problema para atormen­tar nossos moradores”, afirma o parlamentar.

Historicamente, o perí­odo entre junho e setembro costuma ser de estiagem. A umidade do ar chega a ficar abaixo dos 12%. Em 2019, com esse índice, Ribeirão Preto teve a pior medição das 60 unidades espalhadas pelo território paulista, de acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Ce­tesb) – já ficou abaixo de 10% em anos anteriores.

De acordo com o parla­mentar, a ideia do projeto é justamente trazer a fiscali­zação para os lotes urbanos, corroborando com o que dis­põe o artigo 195 do Código de Meio Ambiente, destacan­do que “é de responsabilida­de da prefeitura atuar na im­plantação, na implementação e na fiscalização das ações de prevenção e combate à po­luição do ar no município”.

O projeto prevê que os infratores estarão sujeitos a uma multa equivalente a três salários mínimos, o equiva­lente a R$ 3.135 atualmente – o piso nacional é de R$ 1.045. Em caso de reincidência, o valor dobra para R$ 6.270. Para virar lei, no entanto, a proposta de Igor Oliveira depende da sanção do pre­feito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e publicação com re­gulamentação no Diário Ofi­cial do Município (DOM).

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