O litro da gasolina está 10% mais caro nas refinarias da Petrobras, a partir desta terça-feira, 9 de junho. O valor subiu, em média, em R$ 0,13, de acordo com informação da Associação Brasileiras dos Importadores de Combustíveis (Abicom). O preço do diesel permanece inalterado. O aumento da estatal segue o movimento de alta do petróleo no mercado internacional da semana passada.
Nesta semana, a commodity opera em queda por dúvidas em relação ao real tamanho do corte de produção que será praticado em junho e julho. Na manhã desta segunda-feira (8), a commodity do tipo Brent, usada como parâmetro pela Petrobras, operava em queda de 1,18%, cotada a US$ 41,79 o barril. Mesmo em baixa, o valor é quase o dobro do verificado em abril, quando chegou a ser cotado abaixo dos US$ 20 o barril. O aumento da gasolina nas refinarias é o quinto em cerca de um mês
Os derivados de petróleo fecharam maio com viés de alta. No dia 27, a Petrobras reajustou o preço da gasolina em 5%, o quarto somente no mês passado. No dia 21, a estatal elevou o valor do litro do derivado de petróleo em 12%. Uma semana antes, no dia 14, a gasolina subiu 10% nas refinarias da Petrobras. O combustível já havia sido reajustado em 12% no dia 7 e acumula alta de 49% em cerca de um mês.
No dia 27, o diesel também subiu em 7%. No dia 19, a Petrobras elevou também o preço do produto em 8%, o primeiro aumento após o início da pandemia. Agora, represa 15% de elevação. O preço do etanol voltou a subir nas unidades produtoras do estado, segundo dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) na sexta-feira (5).
O hidratado nas usinas paulistas superou a casa de R$ 1,60. O litro do produto, que chegou perto de R$ 2,15 no final de fevereiro e passou a maior parte de março, abril e maio na casa de R$ 1,30, agora saltou de R$ 1,5303 para R$ 1,6220, aumento de 5,99% – já acumula 22,6% desde o início de maio. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – disparou 8,53%, superou R$ 1,80 e acumula elevação de 17,55% nas últimas cinco semanas. Nesta sexta-feira, saltou de R$ 1,6639 para R$ 1,8059.
Depois das altas consecutivas nas unidades produtoras nos últimos dias, os preços dos combustíveis dispararam nas bombas dos mais de 150 postos de Ribeirão Preto. O litro do etanol nos postos bandeirados subiu R$ 0,60 na semana passada. Saltou de R$ 2 (R$ 1,999) para R$ 2,60 (R$ 2,599), alta de 30%. Além disso, há locais onde o combustível está sendo vendido por R$ 2,68 (R$ 2,679), acréscimo de quase R$ 0,70 (R$ 0,68) e correção de 34%.
Nos sem-bandeira, o preço do produto disparou. O litro do etanol passou de R$ R$ 1,87 (R$ 1,869) para R$ 2,55 (R$ 2,549), aumento de 36,3% e aporte de R$ 0,68. Há locais que praticam valores mais baixos, por isso o consumidor deve pesquisar. Já o preço da gasolina nos franqueados subiu de R$ 3,50 (R$ 3,499) para R$ 3,79 (R$ 3,789), reajuste de 8,3% e acréscimo de R$ 0,29. Nos independentes, saltou de R$ 3,20 (R$ 3,199) para R$ 3,75 (R$ 3,749), correção de 17,2% e aporte de R$ 0,55.
O litro do diesel nos sem-bandeira subiu R$ 0,30, de R$ 2,70 (R$ 2,699) para R$ 3 (R$ 2,999), alta de 11,1%. Nos bandeirados, o derivado de petróleo custava R$ 3,30 (R$ 2,299) e agora é vendido a R$ 3,80 (R$ 3,799), reajuste de 15,1% e acréscimo de R$ 0,50.
De acordo com o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 108 cidades paulistas entre 24 e 30 de maio, o litro da gasolina em Ribeirão Preto custa R$ 3,641, o etanol é vendido por R$ 2,334, o diesel sai por R$ 2,945 e o diesel S10, por R$ 3,181.
Considerando os atuais valores médios da agência, ainda é mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade está em 64,1% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.