Tribuna Ribeirão
Economia

Etanol sobe 5,99% nas usinas de SP

Foto: Paulo Pinto/FotosPúblicas - reajuste pesado assusta consumidores

O preço do etanol voltou a subir nas unidades produto­ras do estado. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 5 de junho, pelo Centro de Estu­dos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), o hidratado nas usinas paulistas superou a casa de R$ 1,60.

O litro do produto, que che­gou perto de R$ 2,15 no final de fevereiro e passou a maior parte de março, abril e maio na casa de R$ 1,30, agora saltou de R$ 1,5303 para R$ 1,6220, au­mento de 5,99% – já acumula 22,6% desde o início de maio. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – disparou 8,53%, superou R$ 1,80 e acu­mula elevação de 17,55% nas últimas cinco semanas. Nesta sexta-feira, saltou de R$ 1,6639 para R$ 1,8059.

Os derivados de petróleo também fecharam maio com viés de alta. No dia 27, a Petro­bras reajustou o preço da gaso­lina em 5%, o quarto somente no mês passado. No dia 21, a estatal elevou o valor do litro do derivado de petróleo em 12%. Uma semana antes, no dia 14, a gasolina subiu 10% nas refinarias da Petrobras.

O litro da gasolina já havia sido reajustado em 12% no dia 7. O derivado de petróleo já acumula alta de 39% em um mês. No dia 27, o diesel tam­bém subiu em 7%. No dia 19, a Petrobras elevou também o preço do produto em 8%, o pri­meiro aumento após o início da pandemia. Agora, represa 15% de elevação.

Depois das altas consecu­tivas nas unidades produtoras nos últimos dias, os preços dos combustíveis dispararam nas bombas dos mais de 150 pos­tos de Ribeirão Preto. O litro do etanol nos postos bandeirados subiu R$ 0,60 na semana pas­sada. Saltou de R$ 2 (R$ 1,999) para R$ 2,60 (R$ 2,599), alta de 30%. Além disso, há locais onde o combustível está sendo vendi­do por R$ 2,68 (R$ 2,679), acrés­cimo de quase R$ 0,70 (R$ 0,68) e correção de 34%.

Nos sem-bandeira, o preço do produto disparou. O litro do etanol passou de R$ 1,87 (R$ 1,869) para R$ 2,55 (R$ 2,549), aumento de 36,3% e aporte de R$ 0,68. Há locais que praticam valores mais baixos, por isso o consumidor deve pesquisar. Já o preço da gasolina nos franquea­dos subiu de R$ 3,50 (R$ 3,499) para R$ R$ 3,79 (R$ 3,789), rea­juste de 8,3% e acréscimo de R$ 0,29. Nos independentes, saltou de R$ 3,20 (R$ 3,199) para R$ 3,75 (R$ 3,749), correção de 17,2% e aporte de R$ 0,55.

O litro do diesel nos sem­-bandeira subiu R$ 0,30, de R$ 2,70 (R$ 2,699) para R$ 3 (R$ 2,999), alta de 11,1%. Nos ban­deirados, o derivado de petró­leo custava R$ 3,30 (R$ 2,299) e agora é vendido a R$ 3,80 (R$ 3,799), reajuste de 15,1% e acrés­cimo de R$ 0,50.

De acordo com o levanta­mento semanal da Agência Na­cional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), rea­lizado em 108 cidades paulistas entre 24 e 30 de maio, o litro da gasolina em Ribeirão Preto cus­ta R$ 3,641, o etanol é vendido por R$ 2,334, o diesel sai por R$ 2,945 e o diesel S10, por R$ 3,181.

Considerando os atuais va­lores médios da agência, ainda é mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açú­car, já que a paridade está em 64,1% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o deriva­do da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.

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