A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou mais seis mortes por covid-19 nesta sexta-feira, 5 de junho, uma das maiores incidências diárias desde o início da pandemia, em meados de março. A cidade já soma 36 óbitos em decorrência do novo coronavírus, além de 1.563 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2. A taxa de letalidade voltou a subir para 2,3%, inferior aos índices regional (3,5%), estadual (6,6%), nacional (5,4%) e mundial (5,9%).
Segundo o Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde, uma mulher de 57 anos, portadora de doença neurológica crônica, morreu na segunda-feira (1º) em um hospital público da cidade, mas o resultado só foi divulgado ontem. Os outros cinco óbitos foram confirmados na quinta-feira, 4 de junho. Um homem de 85 anos morreu de covid-19 em hospital público, mas a Secretaria Municipal da Saúde ainda investiga se ele tinha alguma comorbidade.
Um senhor de 73 anos, portador de neoplasia, faleceu depois de ser atendido na rede pública. Uma idosa de 91 anos com doença neurológica crônica, doença pulmonar crônica e hipertensão arterial também morreu anteontem em hospital público. Um homem de 49 anos, portador de hipertensão arterial, faleceu depois de ser internado em hospital público. Por fim, outro homem de 85 anos faleceu depois de receber atendimento na rede pública. Ele sofria de hipertensão artérial.
Desde sexta-feira, 29 de maio, já são doze óbitos na metrópole, quase dois por dia. Desde 9 de maio, 28 pessoas morreram de covid-19 em Ribeirão Preto, mais do que o triplo dos oito falecimentos que ocorreram entre o final de março e abril. Por sexo, são 18 homens (50%), de 36 anos, 41, 49, 55, 57, 64, 67 (dois), 68, 73 (três), 74, 76, 79, 85 (dois) e 87 anos, e 18 mulheres (50%), de 51 anos, 57, 58, 64, 70, 71 (duas), 76, 80 (três), 84, 85, 88, 89, 91, 94 e 99 anos de idade.
Trinta e quatro tinham alguma comorbidade como doença cardiovascular, crônica, diabetes, pneumopatia, doença neurológica crônica, imunodeficiência e doença renal crônica (94,4%). O homem de 76 anos não tinha doença autoimune (2,8%) e um caso está sob investigação (2,8%). Sete pessoas tinham menos de 60 anos (19,5%) e 29 eram sexagenárias, septuagenárias, octogenárias ou nonagenárias (80,5%).
Por idade, os óbitos estão distribuídos entre 30 e 39 anos (uma morte, 2,8%), de 40 a 49 anos (dois óbitos, 5,6%), entre 50 e 59 anos (cinco, 13,9%), entre 60 e 69 anos (cinco, 13,9%), de 70 a 79 anos (dez, 27,8%), de 80 a 89 anos (dez, 27,8%) e de 90 anos ou mais (três, 8,2%).
Segundo o boletim, a divisão dos óbitos por fatores de risco indica que a maioria das vítimas tinha doença cardiovascular crônica (17 pacientes, 47,2%), diabetes mellitus (15 pessoas, 41,6%), hipertensão arterial (nove, 25%), doença neurológica crônica (seis, 16,6%), doença pulmonar crônica (três, 8,2%), doença renal crônica (duas, 5,6%), doença hepática crônica (uma, 2,8%), obesidade grau 3 (uma, 2,8%), neoplasia (uma, 2,8%) e síndrome metabólica (uma, 2,8%).
Um dos 36 óbitos ainda está em investigação. Os números superam os 100% porque a maioria das 36 vítimas tinha duas ou mais comorbidades. Segundo o Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi-SP) do governo de São Paulo, que acompanha 104 municípios com mais de 70 mil habitantes, a taxa de isolamento social no estado foi de 47% na quinta-feira (4).
O levantamento é feito em seis cidades da região. Ribeirão Preto (45%), Barretos (40%), Bebedouro (49%), Franca (46%), Jaboticabal (44%) e Sertãozinho (46%). O ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 70%, e o aceitável de 50%.