O balanço diário divulgado pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira, 1º de junho, aponta mais 12.247 pessoas infectadas pelo novo coronavírus, totalizando 526.447. O resultado marca um acréscimo de 2,2% em relação a domingo, 31 de maio, quando o número de pacientes com Sars-CoV-2 estava em 514.819.
A atualização do Ministério da Saúde registrou 623 novas mortes, chegando a 29.937. O resultado representa um aumento de 2,1% em relação a ontem, quando foram contabilizados 29.314 falecimentos por covid-19. Geralmente, os dados são menores aos domingos e segunda-feira, quando há menos alimentação do banco de dados, e maiores na terça-feira, quando há acúmulo de novos dados do fim de semana.
Do total de casos confirmados, 285.430 estão em acompanhamento e 211.080 foram recuperados. Há ainda 4.412 óbitos sendo analisados. A taxa de letalidade é de 5,7%. São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (7.667). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (5.462), Ceará (3.188), Pará (2.925) e Pernambuco (2.875).
Além disso, foram registradas mortes no Amazonas (2.071), Maranhão (976), Bahia (701), Espírito Santo (614), Alagoas (461), Paraíba (370), Rio Grande do Norte (323), Minas Gerais (278), Rio Grande do Sul (232), Amapá (228), Paraná (190), Distrito Federal (171), Piauí (168), Sergipe (166), Acre (161), Rondônia (159), Santa Catarina (146), Goiás (127), Roraima (116), Tocantins (76), Mato Grosso (66) e Mato Grosso do Sul (20).
Já em número de casos confirmados, o ranking tem São Paulo (111.269), Rio de Janeiro (54.530), Ceará (50.504), Amazonas (41.774) e Pará (38.046). Entre as unidades da federação com mais pessoas infectadas estão ainda Maranhão (35.297), Pernambuco (34.900), Bahia (18.898), Espírito Santo (14.069) e Paraíba (13.695).
De acordo com o mapa global da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, o Brasil é o segundo colocado em número de casos, atrás apenas dos EUA (1,8 milhão). O país é o quarto no ranking de mortes em decorrência da covid-19, atrás da Itália (33.475), do Reino Unido (39.127) e dos Estados Unidos (104.812). O Brasil cai nos rankings quando os dados são tomados proporcionalmente a sua população.
O diretor do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, afirmou que o pico do coronavírus no continente ainda não foi atingido. Ryan destacou que países das Américas, como Brasil, Peru, Chile e México, estão entre os que mais registram novos casos da doença em 24 horas. Além disso, afirmou que o país está entre aqueles que não chegaram ao pico da transmissão.
Hidroxicloroquina
O Ministério das Relações Exteriores informou que o governo dos Estados Unidos entregou ao Brasil dois milhões de doses de hidroxicloroquina, “como demonstração da solidariedade” entre os dois países na luta contra o coronavírus. O país norte-americano também enviará mil ventiladores para o Brasil.
“A HCQ [hidroxicloroquina] será usada como profilático para ajudar a defender enfermeiros, médicos e profissionais de saúde do Brasil contra o vírus. Ela também será utilizada no tratamento de brasileiros infectados”, diz a nota. O ministério também anunciou um esforço de pesquisa conjunto entre Brasil e EUA que incluirá testes clínicos controlados randomizados, para avaliar a segurança e eficácia da droga, tanto para a profilaxia quanto para o tratamento precoce do novo coronavírus.
O desenvolvimento de uma vacina também será objeto desse esforço entre os dois países, conforme ressaltou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, no Twitter. Na semana passada, a OMS suspendeu os testes com a hidroxicloroquina em pacientes com covid-19 por questões de segurança.
Anteriormente, a organização já havia se manifestado contra o uso do medicamento contra o coronavírus.
Originalmente, a droga é indicada para o tratamento de doenças como malária, lúpus e artrite. Apesar de ser defendida pelos presidentes Bolsonaro e Trump como um possível tratamento para covid-19, segundo a OMS, ainda não há evidências científicas que comprovem o benefício da cloroquina, e seu derivado hidroxicloroquina, contra a doença causada pelo novo coronavírus.
Ainda assim, o governo brasileiro incluiu os medicamentos no protocolo de tratamento para pacientes com sintomas leves de covid-19, mas alertou que eles podem causar efeitos colaterais como redução dos glóbulos brancos, disfunção do fígado, disfunção cardíaca e arritmias, e alterações visuais por danos na retina.