Tribuna Ribeirão
Saúde

Atenção redobrada no tratamento de câncer hematológico na pandemia

Os pacientes diagnostica­dos com algum tipo de câncer hematológico podem iniciar ou dar continuidade ao tra­tamento necessário durante o período da pandemia da co­vid-19. No entanto, segundo a médica hematologista Sarah Bassi, do InORP Oncoclíni­cas, é necessário redobrar a atenção e adotar todas medi­das e orientações dos órgãos e profissionais de saúde visando os cuidados para prevenir a contaminação.

“Os pacientes oncológicos de forma geral e, em especial, aqueles com câncer no san­gue como leucemias, linfo­mas, mieloma múltiplo etc., são considerados grupos de risco para o desenvolvimento de complicações se contraí­rem a covid-19”, alerta Sarah. De acordo com ela, os pacien­tes onco-hematológicos estão em maior risco em razão da imunossupressão causada pela própria doença e pelos efeitos do tratamento em relação ao sistema imunológico.

“O vírus aparentemen­te desencadeia uma respos­ta inflamatória intensa e um descontrole na coagulação no organismo que pode atingir tanto os pulmões como outros órgãos. Aparentemente por­que ainda não sabemos como se dá de forma exata o meca­nismo de ação do vírus, são todas informações prelimi­nares baseada em observação dos casos. Visto isso, é mui­to importante que o sistema imunológico da pessoa esteja em equilíbrio, mas quando te­mos um câncer hematológico, muitas vezes, o próprio câncer está nesse sistema imunoló­gico e o tratamento utilizado inibe a ação”, ressalta Sarah.

Assim, a hematologista observa que os casos de trata­mento podem ser conduzidos normalmente desde que sejam adotadas as medidas de pre­venção em relação ao paciente para reduzir risco de contami­nação. “O paciente com cân­cer hematológico que precisa de tratamento, deve iniciar ou continuar, com todas as me­didas para diminuir o risco de contaminação. Há algumas situações como tratamentos de manutenção, que podemos postergar, esperando um me­lhor momento, mas isso deve ser discutido com seu médico”.

Medidas de prevenção
A médica do InORP On­coclínicas reforça que pa­cientes com câncer hemato­lógico devem evitar sair de casa, ambientes com aglo­meração e contato físico com outras pessoas nesse período. Nos casos em que apareçam sintomas respiratórios leves como coriza, tosse e dor de garganta é importante pedir orientação ao médico para saber se é recomendável ter uma avaliação de urgência. Já nas situações em que for observada febre e sintomas mais acentuados como difi­culdade para respirar e tosse com secreção deve entrar em contato com o médico que acompanha o tratamento e procurar assistência hospita­lar para avaliação adequada.

“Todos os pacientes de­vem respeitar o isolamento social, saindo de suas casas, sempre de máscara, apenas quando estritamente neces­sário para prosseguimento de seus tratamentos ou ou­tras situações de força maior. Além disso, devem ter cuida­dos dentro de casa e quando necessário sair usar o álcool 70% ou sabão para higie­ne de mãos, óculos e outros utensílios de uso frequente”, recomenda a hematologista.

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