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Campanha busca ajuda para artistas de rua

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

Com menos pessoas circulando pelas ruas por conta das medidas res­tritivas ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), a si­tuação de artistas de rua é preocupan­te. Sem público na rua e sem circos ou espaços destinados para as apresenta­ções, eles perderam, em muitos casos, a única fonte de renda.

Solidárias ao problema, algumas iniciativas tentam minimizar a situa­ção. É o caso de uma rifa proposta pelo artista plástico ribeirão-pretano, Sérgio Papa, ou como é reconhecido, o Ted.

Ted conta que teve a ideia com o objetivo de ajudar a campanha @ força_artistas, desenvolvida pelo ma­labarista Marcelo Mamute. “Ele (Ma­mute) já tinha essa campanha desde o início da pandemia, com o foco em ajudar artistas de rua que vivem das aglomerações, um cadastro de mais de 300 artistas, e foram os primeiros a serem impactados e com certeza os últimos a voltar. Esses artistas se en­contram em uma situação quase trá­gica, de não conseguirem atender o básico das necessidades”, explica.

O artista plástico, com o objetivo de arrecadar dinheiro, que será revertido em produtos essenciais, lançou a ação “Arte pela Arte” e vai rifar uma obra dele, um painel de 120x90cm feito em tinta óleo, com o tema “Balão”, avaliada em aproximadamente R$ 3 mil. O valor recebido pela venda das rifas será desti­nado aos artistas cadastrados na cam­panha de “Força Artistas”.


Cada número custa R$ 20 (e pode ser adquirido via boleto ou cartão). Na página no Instagram de Ted (@ ted.artes) há uma descrição e link para aderir a campanha. O sorteio ocorre­rá dia 21 de junho na mesma página.

Apesar dos esforços, Ted diz que a adesão ainda está “muito tímida”. “Es­tamos com 5% da meta, e queremos ultrapassar a meta. Precisamos de toda publicidade, de toda ajuda”, diz.

Trabalho em quarentena
Ted comentou como estão os tra­balhos nesse período de isolamento. “Pra mim como artista essa solidão se tornou providencial. Uniu-me ainda mais com minhas ideias e me deu tempo para produzir”, conta. “Nós, artistas plásticos, sem exposi­ção física, fica cada vez mais difícil comercializar as obras ou ter enco­mendas. A arte plástica em Ribeirão Preto nunca foi justamente valoriza­da, ainda mais agora”, complementa. “Arte não é luxo, ninguém precisa de arte pra sobreviver, mas ninguém vive sem arte”, finaliza.

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