Tribuna Ribeirão
Economia

Etanol e gasolina Combustíveis mais caros nas bombas

Reajuste entra em vigor a partir desta terça-feira (Alfredo Risk)

Depois das altas consecu­tivas nas unidades produtoras nos últimos dias, os preços dos combustíveis dispararam nas bombas dos mais de 150 postos de Ribeirão Preto. Os derivados de petróleo vêm sofrendo rea­justes semanais nas refinarias da Petrobras e o etanol passa por correção nas usinas de açúcar e álcool de São Paulo. Coincidên­cia ou não, a correção ocorre às vésperas da retomada das ativi­dades econômicas.

O litro do etanol nos postos bandeirados de Ribeirão Preto subiu R$ 0,60 em 24 horas. Sal­tou de R$ 2 (R$ 1,999) para R$ 2,60 (R$ 2,599), alta de 30%. Além disso, há locais onde o combustível está sendo vendido por R$ 2,68 (R$ 2,679), acrésci­mo de quase R$ 0,70 (R$ 0,68) e correção de 34%. Os revende­dores alegam que o aumento no preço da gasolina influencia no valor do álcool para evitar uma explosão da demanda.

Nos sem-bandeira, o preço do produto disparou. O litro do etanol passou de R$ 1,87 (R$ 1,869) para R$ 2,55 (R$ 2,549), aumento de 36,3% e aporte de R$ 0,68. Há locais que praticam valores mais baixos, por isso o consumidor deve pesquisar. Já o preço da gasolina nos franquea­dos subiu de R$ 3,50 (R$ 3,499) para R$ R$ 3,79 (R$ 3,789), rea­juste de 8,3% e acréscimo de R$ 0,29. Nos independentes, saltou de R$ 3,20 (R$ 3,199) para R$ 3,75 (R$ 3,749), correção de 17,2% e aporte de R$ 0,55.

O litro do diesel nos sem­-bandeira subiu R$ 0,30, de R$ 2,70 (R$ 2,699) para R$ 3 (R$ 2,999), alta de 11,1%. Nos ban­deirados, o derivado de petró­leo custava R$ 3,30 (R$ 2,299) e agora é vendido a R$ 3,80 (R$ 3,799), reajuste de 15,1% e acrés­cimo de R$ 0,50. De acordo com o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 108 cida­des paulistas entre 17 e 23 de maio, o litro da gasolina custa R$ 3,523, o do diesel R$ 2,913 e o do etanol, R$ 2,061.

Considerando os atuais va­lores médios da agência, ainda é mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açú­car, já que a paridade está em 58,5% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o deriva­do da cana-de-açúcar a relação chega a 70%. Segundo dados divulgados na sexta-feira (22) pelo Centro de Estudos Avan­çados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), o preço do hidra­tado nas usinas paulistas já está acima de R$ 1,40 novamente.

Saltou de R$ 1,3931 para R$ 1,4348, aumento de 2,99% – já acumula 9,99% de alta em maio. O preço do anidro – adi­cionado à gasolina em até 27% – também voltou a subir 2,49% e acumula alta de 3,76% em três semanas. Agora, saltou de R$ 1,5424 para R$ 1,5808. Já a Petrobras reajustou o preço da gasolina em 5% na quarta-feira (27). O diesel também subiu em 7%, diante de um cenário de alta para o preço do petróleo pela expectativa de avanços na descoberta de uma vacina para o novo coronavírus (covid-19).

O barril tipo Brent, usado como parâmetro pela estatal, subia 2,08% para o contrato de agosto, cotado a US$ 36,87, depois de ter caído abaixo de US$ 20 em meados de abril. O reajuste no preço da gasolina, anunciado na terça-feira (26), foi o quarto do mês, seguin­do a recuperação do preço do barril tipo Brent no mercado internacional. No dia 21, a es­tatal elevou o valor do litro do derivado de petróleo em 12%. Uma semana antes, no dia 14, a gasolina subiu 10% nas refina­rias da Petrobras.

O litro da gasolina já havia sido reajustado em 12% no dia 7. O derivado de petróleo já acu­mula alta de 39% em 20 dias. No dia 19, a Petrobras elevou tam­bém o preço do diesel, em 8%, o primeiro aumento após o início da pandemia. Agora, subiu mais 7%, a segunda alta de maio, re­presando 15% de elevação em menos de dez dias. Antes das correções, o diesel acumulava no ano queda de 44,1%, contra redução de 41,3% da gasolina, que já embute as duas primeiras altas de maio.

Postagens relacionadas

Entidades se unem para fomentar vendas

Redação 1

Produção brasileira de petróleo aumenta 4% em 2022, diz ANP

William Teodoro

Repasse mensal de ICMS recua

William Teodoro

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com