Tribuna Ribeirão
Cultura

Caio Castro revê a carreira

Por Eliana Silva de Souza

Nascido na Praia Grande, cidade do Litoral Sul paulista, Caio Castro surgiu na tela da TV ao participar do Concurso Casal Malhação, um quadro do programa Caldeirão do Huck. Foi assim que, em 2007, ele integrou a novela teen, que pode ser vista em sua reprise no canal Viva e mostra o início de uma carreira que já conta com mais de dez anos. Ao longo desse tempo, Caio atuou em diversos folhetins, séries e filmes. Dinâmico e pronto para novas empreitadas, é também empresário, adepto de exercícios físicos e apaixonado por tatuagem.

Além de poder ser visto em Malhação, na época em que ele estava com 18 anos, o ator também surge agora em outros dois folhetins, que estão sendo reapresentados pela Globo. Em Fina Estampa, de 2011, ele surge como o filho que renega a mãe, um rapaz muito egoísta e que não mede esforços para ganhar dinheiro e integrar a alta sociedade. E dá vida ainda ao imperador d. Pedro I, na novela Novo Mundo, que foi exibida originalmente em 2017. Sobre essas suas interpretações, em fases diferentes de sua carreira, Caio Castro conversou por telefone com o Estadão, direto de sua casa, em São Paulo, onde está cumprindo, à risca, sua quarentena

Para o ator, essa é uma possibilidade de poder ver o próprio trabalho de uma forma diferente, distante, como um telespectador, algo que não tinha como fazer na época das gravações. Nada mais correto, pois, como ele diz, quando estava trabalhando nas tramas, seu olhar era profissional, e tinha de avaliar se havia possibilidade de alterar alguma coisa, se podia corrigir, se fosse o caso, algo que estivesse fora do tom. “Meu olhar era técnico, era para melhorar a minha performance na época”, conta. O que não é possível agora, claro: não há mais o que fazer para mudar o que está gravado. “Agora não tem o que fazer, virou história, minha história, mas tenho a possibilidade de assistir como telespectador”, com distanciamento e avaliar de outra forma, comenta ele.

Por outro lado, Caio mostra que é curioso se ver na tela nesses trabalhos passados. “Porque eu vejo nitidamente algumas coisas de que eu nem lembrava, coisas que talvez eu não fizesse de novo ou outras que faria, porque gostei bastante”, revela e avalia terem sido essas atuações completamente diferentes o que o choca algumas vezes. “Eu vejo algumas cenas, principalmente em Malhação, e digo ‘caramba, foi ao ar esse tipo de coisa?, não acredito que possa ter sido exibida’.” Mesmo assim, diz sentir um saudosismo, pois foi um período de conhecimento, afinal, Malhação, para ele, era um aprendizado, que ele encarou como uma escola que dava a possibilidade de todos colocarem seus experimentos para o público de casa ver. “O pessoal tratava a gente como aluno mesmo, a gente estava ali para aprender.”

Entre seus outros trabalhos, Fina Estampa também tem um lugar guardado nas boas recordações do ator. Mas foi também a dura construção de um personagem sem caráter, que não se importava com os outros, principalmente com a própria mãe. Por isso mesmo, Caio conta que teve dificuldade para assumir um personagem que nutria o sentimento de ódio pela mãe. “Todo personagem, a gente tem de fazer uma desconstrução pessoal para construí-lo”, afirma, enfatizando que essa foi a primeira construção mais pesada da carreira, pois tinha pouca idade e não tinha nada em comum com Antenor, o personagem de Fina Estampa. “Eu não consegui emprestar nada de mim.”

Outro ponto que destaca nesse trabalho foi contracenar com Lília Cabral, que fazia sua mãe na história, a batalhadora Griselda, mas que a atriz foi muito paciente com ele e hoje são muito bons amigos.

Referência

Com relação a viver d. Pedro I, na novela Novo Mundo, também em reprise na Globo, Caio Castro conta que foi um dos papéis mais importantes que fez, inclusive diz que teve uma “permissão ancestral” do retratado, para poder fazer o imperador do Brasil. Ele lembra que pensava que seu personagem, na novela, seria secundário, que haveria uma outra história em paralelo, mas foi uma boa surpresa descobrir a importância do que faria, que seria, sim, o protagonista.

Entre as curiosidades dessa fase, Caio conta sua surpresa ao receber mensagem do ator Selton Mello, que viverá d. Pedro II na próxima novela das 6h, Nos Tempos do Imperador, que será uma sequência de Novo Mundo. “Eu surtei”, diz sobre ouvir Selton pedir ajuda na construção de seu personagem, no caso, o filho de d. Pedro I.

“A mensagem mais inesperada de todas foi uma que ele me mandou perguntando se eu tinha algo para passar para ele, se eu poderia dizer alguma coisa para ajudar na construção do personagem”, conta. “Isso para mim, como artista, tendo o Selton como uma das minhas referências, foi muito especial. Ele ter essa preocupação e essa vontade de querer saber mais do ‘pai’ dele foi muito legal”, relata. Diz ter mostrado o áudio para a família, que foi surpreendente ter esse contato com Selton, que é um referencial “dentro da profissão, na forma como conduz sua carreira, como trabalha os personagens”, acrescenta Caio. “Sou seu fã.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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